Ao menos 33 soldados turcos morreram nesta quinta-feira em um ataque aéreo na região de Idlib, no noroeste da Síria, atribuído ao regime em Damasco, informaram as autoridades turcas, que reagiram de forma imediata
Ao menos 33 soldados turcos morreram nesta quinta-feira em um ataque aéreo na região de Idlib, no noroeste da Síria, atribuído ao regime em Damasco, informaram as autoridades turcas, que reagiram de forma imediata.
Outros 36 militares feridos foram hospitalizados em Hatay, informou o governador desta província turca na fronteira com a Síria, atribuindo o ataque ao regime em Damasco.
Em resposta ao ataque, a Turquia bombardeou - na madrugada de sexta-feira - posições do regime de Bashar al Assad no noroeste da Síria.
Em declaração publicada pela agência de notícias estatal Anatólia, o diretor de comunicação da Presidência, Fahrettin Altun, pediu à comunidade internacional para "assuma suas responsabilidades" em Idlib.
A Turquia advertiu o governo sírio para que se afaste dos postos de observação turcos em Idlib, enquanto Moscou acusou Ancara de ajudar "terroristas" no território sírio.
O acordo firmado em 2018 com a Rússia para a região de Idlib prevê 12 postos de observação turcos na zona, mas vários já foram atacados pelas tropas sírias.
Segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), o total de turcos mortos na região chega a 34.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, convocou um conselho de segurança extraordinário sobre a situação e preside no momento a reunião, informaram as redes de televisão NTV e CNN-Türk.
Um porta-voz do departamento americano de Estado declarou que os Estados Unidos "apoiam a Turquia, nosso aliado da OTAN, e seguem pedindo o fim imediato desta depreciável ofensiva do regime de Assad, da Rússia e das forças apoiadas pelo Irã".
"Estamos buscando opções sobre como podemos apoiar melhor a Turquia nesta crise".
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, "reafirmou seu apelo a um cessar-fogo imediato" e manifestou "particular preocupação com o risco para os civis da escalada de ações militares", segundo seu porta-voz, Stephane Dujarric.
"Sem uma ação urgente, o risco de uma escalada ainda maior cresce a cada hora".
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, apelou a todas as partes a "desescalar" a violência na Síria, em particular na região de Idlib.
Por meio de sua porta-voz, Oeana Lungescu, o secretário "condenou os continuados ataques indiscriminados por parte das forças sírias na província de Idlib", acrescentando que é necessário "desescalar a situação".
Com apoio aéreo da Rússia, as tropas sírias mantêm uma ofensiva para recuperar o reduto rebelde de Idlib.
Centenas de milhares de pessoas foram obrigadas a fugir de suas casas na região desde dezembro, no maior deslocamento registrado desde o início da guerra civil na Síria em 2011.