INTERNACIONAL

Arauz, candidato à presidência do Equador, defende união nacional

O socialista Andrés Arauz, que venceu no domingo (7) o primeiro turno da eleição presidencial no Equador, declarou à AFP que promoverá a união nacional para o segundo turno em 11 de abril e que, se vencer, tentará construir uma boa relação com o governo americano de Joe Biden

AFP
08/02/2021 às 22:44.
Atualizado em 23/03/2022 às 20:41

O socialista Andrés Arauz, que venceu no domingo (7) o primeiro turno da eleição presidencial no Equador, declarou à AFP que promoverá a união nacional para o segundo turno em 11 de abril e que, se vencer, tentará construir uma boa relação com o governo americano de Joe Biden.

Arauz, economista de 36 anos e pupilo do ex-presidente socialista Rafael Correa, mostrou-se decidido a unir os diferentes setores da sociedade contra a crise econômica no pequeno país petrolífero de 17,4 milhões de habitantes, agravada pela pandemia de covid-19, que deixou 15.000 mortos no Equador.

O candidato acrescentou que o Fundo Monetário Internacional (FMI) terá de se adaptar ao seu programa de governo caso se torne o próximo presidente do Equador.

Correa foi um crítico severo de Washington e se afastou de organizações financeiras durante a década de sua administração (2007-2017).

O ex-presidente, que vive atualmente na Bélgica e foi condenado à revelia a oito anos de prisão por corrupção, denuncia uma "perseguição" de seu sucessor e ex-aliado Lenin Moreno, a quem acusa de "traição" por impor medidas de austeridade em troca de um plano de ajuda do FMI.

A seguir, alguns trechos da entrevista de Arauz à AFP:

Pergunta: Quais são os desafios da campanha para o segundo turno?

Resposta: Obviamente vencer e, para isso, construir um projeto de unidade nacional, onde possamos ter um maior nível de autocrítica e convidar os diferentes segmentos da nossa sociedade a aderirem a um plano emergencial econômico e de saúde.

O povo equatoriano tem falado veementemente em defesa do antineoliberalismo. As opções que prevaleceram foram o progressismo, a unidade multinacional e a social-democracia.

P: Se você se tornar presidente, vai manter os acordos com o FMI, que envolvem medidas de austeridade?

R: As atuais condições pactuadas com o Fundo Monetário Internacional não poderão ser cumpridas por nosso governo, porque atacariam diretamente os bolsos das famílias equatorianas.

Se o Fundo Monetário Internacional desejar aderir ao nosso plano (governamental), esse apoio será bem recebido.

P: Qual será a relação com Washington em seu eventual governo?

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