Povoados inteiros no Fiji ficaram destruídos e ao menos quatro pessoas morreram pelo ciclone Yasa, cuja devastação após sua passagem por este arquipélago foi comparada neste sábado (19) com uma "zona de guerra"
Povoados inteiros no Fiji ficaram destruídos e ao menos quatro pessoas morreram pelo ciclone Yasa, cuja devastação após sua passagem por este arquipélago foi comparada neste sábado (19) com uma "zona de guerra".
A morte de um homem de 45 anos e de um bebê de três meses foram confirmadas pelas autoridades, e outros dois corpos foram encontrados, segundo a diretora do Escritório de Gestão de Catástrofes, Vasiti Soko.
Um deles, um homem de 70 anos, morreu quando a tempestade levou o telhado de sua casa e pedaços de madeira caíram sobre ele.
As equipes de emergência temem, no entanto, que o saldo de vítimas aumente com o restabelecimento das comunicações nas áreas mais remotas.
Os socorristas faziam todo o possível para fornecer comida e roupa nas áreas mais afetadas.
As autoridades declararam o estado de catástrofe natural por 30 dias.
O ciclone de categoria 5, a mais alta, afetou na noite de quinta-feira Vanua Levu, a segunda maior ilha de Fiji, destruindo tudo por onde passou e afetando 93.000 pessoas, segundo o Escritório de Gestão de Catástrofes.
Das 24.000 pessoas que tiveram que deixar suas casas, 16.113 ainda não puderam voltar.
Um avião do exército neozelandês sobrevoou a área neste sábado para avaliar os danos. Casas e campos foram destruídos pelo ciclone, que também danificou escolas.
"Recebemos imagens da ilha de Kia. Vimos uma devastação total. Parece uma zona de guerra", declarou à AFP Shairana Ali, diretora-geral da Save the Children Fidji.
Ainda não se sabe o alcance dos danos nas ilhas Lau, na parte oriental do arquipélago, já que continua incomunicável.
A prioridade é restabelecer as infraestruturas críticas, as comunicações e garantir a segurança da população, segundo Soko, que estima o valor dos danos em "centenas de milhões de dólares".
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