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Antes de Belarus, os movimentos de revolta que varreram a ex-URSS

Antes de Belarus, palco de uma mobilização histórica da oposição, vários movimentos de revolta sacudiram outras ex-repúblicas soviéticas desde o início dos anos 2000

AFP
17/08/2020 às 12:14.
Atualizado em 25/03/2022 às 16:12

Antes de Belarus, palco de uma mobilização histórica da oposição, vários movimentos de revolta sacudiram outras ex-repúblicas soviéticas desde o início dos anos 2000.

Uma onda de revoltas inédita sacudiu a Geórgia após as legislativas de 2 de novembro de 2003, consideradas fraudulentas por uma oposição que era apontada como vitoriosa pelas pesquisas.

Foi lançada a "Revolução das Rosas". As manifestações se espalharam na capital Tiflis, reunindo entre 50.000 e 100.000 pessoas em 22 de novembro.

Os manifestantes, liderados pelo chefe da oposição reformista, Mihai Saakachvili, lançaram um ultimato ao presidente Eduard Shevardnadzé e forçaram as portas do Parlamento.

No dia seguinte, Shevardnadzé renunciou sem que uma gota de sangue fosse derramada. Mihai Saakachvili foi eleito triunfalmente em 4 de janeiro de 2004.

Uma "Revolução Laranja" sacudiu a Ucrânia, após o anúncio da vitória do primeiro-ministro Viktor Yanukovich no segundo turno da eleição presidencial de 21 de novembro de 2004, apoiado por Moscou.

Apoiadores do candidato da oposição Viktor Yuchenko, que alegavam "falsificações" eleitorais, implantaram um movimento de protesto popular sem precedentes. Milhares de manifestantes com bandeiras laranjas se reuniram por semanas no centro de Kiev.

Em 3 de dezembro, o Supremo Tribunal anulou as eleições. Viktor Yuchenko foi eleito presidente no "terceiro turno", em 26 de dezembro.

Em 2005, o Quirguistão foi palco de um movimento de protestos após eleições legislativas em fevereiro-março consideradas fraudulentas pela oposição.

Em 24 de março, milhares de manifestantes se reuniram na capital Biskek. Em poucas horas, o presidente Askar Akayev foi derrotado.

Um dos líderes desta "Revolução das Tulipas", Kurmanbek Bakiev, chegou ao poder em julho de 2005, mas fugiu em 2010 após um violento levante popular na capital.

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