INTERNACIONAL

América Latina tem recordes de mortes diárias por COVID-19; Europa relaxa medidas

O novo coronavírus segue castigando a América Latina, onde o Brasil e o México registraram nesta quarta-feira (3) recordes de mortes diárias, enquanto a Europa avança na flexibilização das restrições, com a reabertura de fronteiras na Itália a viajantes do continente

AFP
04/06/2020 às 06:05.
Atualizado em 27/03/2022 às 21:36

O novo coronavírus segue castigando a América Latina, onde o Brasil e o México registraram nesta quarta-feira (3) recordes de mortes diárias, enquanto a Europa avança na flexibilização das restrições, com a reabertura de fronteiras na Itália a viajantes do continente.

A situação preocupa na América Latina, onde foram registrados 1,1 milhão de contágios e 57.500 falecidos.

O Brasil, com 210 milhões de habitantes, registrou um recorde de 1.349 mortes pelo coronavírus em 24 horas, segundo cifras oficiais atualizadas. O país é o mais castigado pela COVID-19 na América Latina.

Com os novos números, o Brasil totaliza 32.548 mortes e teme-se que nos próximos dias supere a Itália como o terceiro país com mais óbitos na pandemia.

Além disso, com 584.016 casos confirmados, o Brasil tem o segundo maior número de infecções no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, embora devido à falta de testes especialistas acreditem que as cifras sejam muito superiores.

O ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, descreveu em entrevista à AFP a complexidade da situação: "Temos várias curvas", disse ele, que foi o segundo homem do ministério comandado por Luiz Henrique Mandetta, exonerado em abril pelo presidente Jair Bolsonaro em plena crise sanitária.

Enquanto no norte e no nordeste do país, "tem locais como Manaus, Belém e Fortaleza, em que já passou o pico; alguns estão no platô e outros estão na fase descendente", enquanto a pandemia "ainda não começou" em localidades do sul, fronteiriças com Argentina, Uruguai e Paraguai.

Na Bahia, com mais de 21.000 casos e 700 óbitos, vigora desde esta quarta-feira um toque de recolher noturno em 19 municípios do sul do estado para conter a propagação do vírus.

A alternativa, segundo o governador, Rui Costa, é "um grande número de mortes".

Uma vacina para a COVID-19, desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca será testada em junho com 2.000 voluntários brasileiros.

Assim como no resto do mundo, a crise atingiu a maior economia latino-americana: a produção industrial brasileira despencou 18,8% em abril.

Diante da queda, o estado de São Paulo retomou as vendas em centros comerciais, e no Rio de Janeiro foram liberadas a idas a locais de culto e a prática de esportes aquáticos.

Enquanto isso, o México, que segue o Brasil em número de mortes na região, registrou nesta quarta-feira mais de 1.000 falecidos em um dia, embora as autoridades tenham esclarecido que a cifra corresponde às mortes em vários dias. Assim, o total chegou a 11.729, com 101.238 infectados, enquanto o pais retoma as atividades após o confinamento.

Outro país que tenta avançar frente ao desastre econômico é a Venezuela, onde bancos e negócios privados abriram as portas.

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