INTERNACIONAL

América Latina soma 6 milhões de casos de Covid-19, que provoca restrições na Europa

A região América Latina e Caribe, a mais afetada do mundo pelo coronavírus, superou neste sábado a marca de 6 milhões de infectados, enquanto a Europa acelera a adoção de novas restrições, ante o temor de uma segunda onda

AFP
15/08/2020 às 21:03.
Atualizado em 25/03/2022 às 16:07

A região América Latina e Caribe, a mais afetada do mundo pelo coronavírus, superou neste sábado a marca de 6 milhões de infectados, enquanto a Europa acelera a adoção de novas restrições, ante o temor de uma segunda onda.

Nos últimos sete dias, quase metade das mortes no mundo por COVID-19 aconteceram na América Latina e Caribe, região que contabiliza 237.829 vítimas fatais desde o início da pandemia, de acordo com um balanço da AFP com base em dados oficiais. A região somava 6.024.138 infectados às 23h GMT deste sábado.

O Brasil, com 3 milhões de casos e 107.232 mortos, é o país latino mais afetado. Apesar deste balanço, os principais pontos turísticos do Rio de Janeiro, incluindo o Cristo Redentor, reabriram para o público neste sábado, após cinco meses de interrupção das atividades.

"A reabertura do Cristo simboliza a reabertura do Brasil ao turismo", disse o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Os visitantes devem usar máscara, manter a distância mínima de dois metros e não poderão deitar no chão, algo habitual entre as pessoas que buscavam o melhor ângulo para fotos diante da estátua gigantesca.

A pandemia não afetou a popularidade do presidente Jair Bolsonaro, que menosprezou a doença e rechaçou medidas de confinamento: 47% dos brasileiros o isentam de responsabilidade pelas mortes causadas pela pandemia, segundo resultados de uma pesquisa que, na véspera, já deu a Bolsonaro os maiores índices de popularidade desde a sua chegada ao poder.

Depois do Brasil, a lista de países mais afetados da região inclui Peru (516.296 casos e 25.856 óbitos) e México (511.369 infectados e 55.908 mortos).

O impacto da pandemia também se reflete na Argentina, onde o governo prorrogou até o fim do mês o isolamento social, que soma 148 dias. O Equador, que superou neste sábado a marca de 100.000 casos, prorrogou até 13 de setembro o estado de exceção em vigor desde março.

As medidas para conter o vírus no Peru deixam sequelas na economia. O PIB do país caiu 17,37% no primeiro semestre, iniciando uma recessão.

O novo coronavírus matou mais de 760.000 pessoas em todo o planeta e mais de 21,2 milhões foram infectadas. Os Estados Unidos lideram com folga a lista dos países com os piores números, com 168.446 mortos e 5,3 milhões de casos.

No verão europeu, o medo aumenta com a chegada da segunda onda do vírus, e países como França e Reino Unido aceleraram neste sábado a imposição de medidas preventivas, que representam um freio no processo de desconfinamento iniciado em meados de maio em grande parte do continente, após a primeira onda do novo coronavírus.

A França registrou mais de 3,3 mil novos casos nas últimas 24 horas, a maior cifra desde maio. A prefeitura de Paris ampliou neste sábado o número de zonas da cidade com uso obrigatório de máscara, dias após várias cidades europeias tomarem a mesma decisão.

"Desde meados de julho, todos os indicadores mostram que o vírus circula novamente de maneira mais ativa na região", afirmou a prefeitura ao justificar a medida. A celebração de Nossa Senhora da Assunção, que reúne habitualmente 25.000 fiéis em Lourdes (sudoeste da França), uma das peregrinações mais importantes da cristandade, aconteceu neste sábado com os fiéis obrigados a usar máscara.

Quase 5.000 peregrinos compareceram à basílica de São Pio X, uma gigantesca igreja subterrânea, que tem capacidade para receber um número cinco vezes maior de pessoas.

Em consequência da nova onda de contágios na França, o Reino Unido passou a aplicar hoje uma quarentena de 14 dias aos viajantes procedentes daquele país, assim como de Holanda e Malta. A medida já estava em vigor para Espanha, Bélgica, Andorra e Bahamas

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