Os ministros da Educação da América Central comprometeram-se nesta quarta-feira (17) a reabrir suas escolas de maneira "prioritária, urgente e gradual", especialmente nos países onde as aulas presenciais estão totalmente suspensas como medida de contenção da pandemia
Os ministros da Educação da América Central comprometeram-se nesta quarta-feira (17) a reabrir suas escolas de maneira "prioritária, urgente e gradual", especialmente nos países onde as aulas presenciais estão totalmente suspensas como medida de contenção da pandemia.
O compromisso foi assumido após reunião virtual do Conselho de Ministros da Educação, conhecido como CECC/SICA (Coordenação Educativa e Cultural da América Central), segundo nota divulgada em parceria com o Unicef e firmado na Cidade do Panamá.
"É uma urgência, uma necessidade e uma ação afirmativa em termos do direito à educação. Temos que continuar, quem já está nesse processo. E quem não está, dar esse passo firme", anunciou a ministra da Educação da Costa Rica e presidente do CECC/SICA, Giselle Cruz,à AFP.
"Hoje é um dia de esperança para milhões de crianças que ainda estão fora da sala de aula", afirmou a diretora regional do Unicef para a América Latina e o Caribe, Jean Gough.
"Aplaudimos esta postura firme que visa a garantir o direito à educação (...) especialmente para os mais vulneráveis. O Unicef está empenhado em apoiar e orientar a sua implementação", acrescentou Gough.
América Latina e Caribe é a região mais afetada no mundo pelo fechamento prolongado de escolas, informou o Unicef.
"Três a cada cinco meninos e meninas que perderam um ano letivo completo em todo o mundo estão na região" e "60% de todos os alunos da América Latina e do Caribe ainda não tiveram acesso a aulas presenciais", explicou a agência da ONU.
Segundo comunicado do CECC/SICA e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), há 12 milhões de alunos da América Central que ainda não voltaram às aulas.
Honduras, Panamá e Belize continuam sem aulas presenciais, enquanto El Salvador e República Dominicana planejam retomá-las em abril. Enquanto isso, Guatemala, Nicarágua e Costa Rica retomaram o ensino no formato presencial.
Apesar das preocupações com a pandemia, "vimos que as escolas não são necessariamente uma fonte de contaminação, mas que o contágio é levado para os colégios", ressaltou a ministro Cruz à AFP.
"Se ocorrer uma situação (de contágio), sabemos o que fazer", disse.
Para Cruz, ter protocolos de resposta prontos e bem divulgados ao público gerou confiança nos pais dessas famílias.
A reabertura deve ser feita "cuidando da saúde, seguindo todos os protocolos de saúde, cada um os de seu país", considerou.
A Costa Rica foi uma das primeiras nações da América Latina a iniciar a vacinação contra a covid-19 no final de 2020 e a reabrir parcialmente suas escolas em 2021.