Desestabilizada por vários escândalos sobre vínculos de alguns de seus membros com a extrema direita, a unidade militar de elite alemã será parcialmente dissolvida - anunciou a ministra da Defesa, Annegret Kramp-Karrenbauer
Desestabilizada por vários escândalos sobre vínculos de alguns de seus membros com a extrema direita, a unidade militar de elite alemã será parcialmente dissolvida - anunciou a ministra da Defesa, Annegret Kramp-Karrenbauer.
As forças especiais (KSK) "se declararam parcialmente autônomas a respeito do restante do Exército, em particular por causa de uma cultura tóxica de alguns de seus comandantes. Em consequência, a KSK não pode continuar sob sua forma atual", afirmou a ministra Annegret ao jornal "Süddeutsche Zeitung".
De forma imediata, a segunda companhia das forças especiais alemãs, onde foram detectados os problemas políticos mais importantes, será dissolvida, sem substituição. A KSK conservará apenas três companhias.
Na expectativa de uma profunda reforma, a unidade de elite não participará de exercícios, nem de missões internacionais.
O desaparecimento de 48.000 cartuchos e 62 quilos de explosivos foi classificado como "preocupante" e "alarmante" pela ministra. O Exército abriu uma investigação sobre a recente descoberta, que pode ter sido provocada por um erro interno, explicou.
Além disso, vários membros das KSK foram identificados como próximos a círculos ultranacionalistas.
"O muro de silêncio está se rompendo", afirmou a ministra da Defesa.
Em outubro, a situação interna das demais companhias da unidade passará por uma revisão. Caso os membros das KSK "não escutem a primeira salva de aviso, então abordaremos uma reorganização mais ampla", advertiu Annegret Kramp-Karrenbauer.
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