A ajuda internacional começou a chegar ao Líbano nesta quarta-feira, após as duas explosões da véspera em Beirute, que deixaram mais de 100 mortos e milhares de feridos.
Segundo autoridades, 2750 toneladas de nitrato de amônio armazenadas "sem medidas de precaução" no porto de Beirute foram a causa das explosões.
O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, emitiu um "apelo urgente a todos os amigos e países irmãos". O Kuwait anunciou hoje a chegada de um avião com ajuda médica. Já o presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sisi, anunciou a abertura de um hospital de campanha em Beirute, e as famosas pirâmides do país foram iluminadas com as cores libanesas.
A França, antiga potência mandatária, enviou ajuda em três aviões militares. O presidente Emmanuel Macron anunciou ontem o envio de um destacamento de defesa civil e "toneladas de equipamento médico".
O representante da OMS Michael Ryan afirmou que a agência da ONU começou a enviar kits de traumatologia e cirurgia do seu depósito regional localizado em Dubai. "Também temos equipes médicas de emergência prontas para serem mobilizadas."
Países do Golfo ofereceram ajuda prontamente. O emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad Al-Thani, anunciou o envio de hospitais de campanha ao Líbano.
Nos Emirados Árabes, o famoso arranha-céu Burj Khalifa, de Dubai, o mais alto do mundo, foi iluminado com as cores da bandeira libanesa. Já o Irã, muito influente no Líbano, ofereceu "ajuda médica", informou seu presidente, Hassan Rouhani.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, prometeu "ajuda humanitária em todos os âmbitos, especialmente no da saúde". O Crescente Vermelho turco envia hoje uma equipe de ajuda humanitária e equipamento médico de emergência.
O rei da Jordânia, Abdullah II, ordenou nesta quarta-feira a preparação de um hospital militar de campanha para enviar ao Líbano. A Argélia anunciou um aporte de quatro aviões e um navio carregados de ajuda humanitária, com equipes médicas, bombeiros, mantimentos e material de construção.
O Papa pediu orações "pelas vítimas, por suas famílias e pelo Líbano", e o envio de "ajuda da comunidade internacional". República Tcheca, Grécia e Chipre, onde as explosões foram ouvidas, enviaram dezenas de socorristas a Beirute.
Israel chamou ontem a "superar o conflito" e propôs "ajuda humanitária e médica" ao Líbano, com o qual se encontra tecnicamente em estado de guerra.
Na noite desta terça-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, transmitiu as "condolências" de seu país e repetiu que os Estados Unidos estavam "preparados" para enviar ajuda. O Canadá também se ofereceu para ajudar.