A Agência Europeia de Medicamentos (EMA), que avalia emitir autorizações para várias vacinas contra a covid-19, disse nesta quarta-feira (9) ter sido alvo de um ciberataque, em um momento em que os países do mundo se lançam na corrida para inocular suas populações
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA), que avalia emitir autorizações para várias vacinas contra a covid-19, disse nesta quarta-feira (9) ter sido alvo de um ciberataque, em um momento em que os países do mundo se lançam na corrida para inocular suas populações.
"A EMA foi alvo de um ciberataque. A Agência lançou imediatamente uma ampla e profunda investigação, em estreita colaboração com as forças de ordem e outras entidades", destacou em um curto comunicado.
A Pfizer informou em Washington que durante o hackeamento foram acessados "ilegalmente" documentos vinculados ao processo de regulamentação da vacina, mas reforçou que "não foi violado nenhum sistema da BioNTech ou da Pfizer em relação a este incidente e não temos conhecimento de que se tenha acessado nenhum dado pessoal".
Espera-se que a EMA decida sobre a aprovação condicional da vacina da Pfizer/BioNTech em uma reunião antes de 29 de dezembro.
A EMA também estuda as vacinas dos laboratórios Moderna, AstraZeneca-Universidade de Oxford e da Johnson & Johnson.
Neste momento há candidatas a vacinas no mundo, 13 delas na etapa final dos testes clínicos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O Reino Unido se tornou na terça o primeiro país do Ocidente a iniciar uma campanha de vacinação em massa contra a covid-19.
Rússia e China também começaram a inocular uma pequena parte de suas populações com vacinas próprias.
A Organização Pan-americana da Saúde (Opas) registrou os maiores índices de contágio das Américas nas últimas semanas, e disse que a situação no norte do continente é "preocupante".
"Apesar de estarmos vivendo com este vírus há meses, nas últimas semanas a nossa região esteve experimentando os níveis mais altos de novos casos de covid-19 desde o início da pandemia", disse a diretora da Opas, Carissa Etienne.
O escritório regional da OMS contabiliza desde o início da pandemia cerca de 28,5 milhões de casos e 753.000 mortes pela covid-19 nas Américas.
A Opas advertiu que no Canadá - que nesta quarta autorizou a vacina da Pfizer/BioNTech - as infecções continuam em ascensão, com cifras recorde de mortes em algumas províncias.
A organização regional destacou a grave situação nos Estados Unidos, o país com mais mortes na pandemia (286.338), onde os contágios diários chegam a 200.000, superando os 15 milhões de casos.
"O México também está experimentando um ressurgimento dos casos no estado da Baixa Califórnia, perto da fronteira com os Estados Unidos", informou a diretora da Opas.