INTERNACIONAL

Acontecimentos após a retirada dos EUA do acordo sobre o programa nuclear iraniano

Aqui estão os principais acontecimentos desde a saída unilateral dos Estados Unidos, em maio de 2018, do acordo sobre o programa nuclear iraniano, concluído três anos antes entre o Irã e os membros permanentes do Conselho de Segurança e a Alemanha

AFP
21/09/2020 às 19:57.
Atualizado em 24/03/2022 às 12:25

Aqui estão os principais acontecimentos desde a saída unilateral dos Estados Unidos, em maio de 2018, do acordo sobre o programa nuclear iraniano, concluído três anos antes entre o Irã e os membros permanentes do Conselho de Segurança e a Alemanha.

Em 8 de maio de 2018, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a retirada do seu país do acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano e a retomada das suas sanções econômicas ao Teerã.

Assinado entre Irã, Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido, França e Alemanha em Viena, em 2015, o acordo permitiu a suspensão parcial das sanções contra Teerã em troca do compromisso de que o país não desenvolvesse armas nucleares.

Porém França, Alemanha e Reino Unido afirmam estar "determinados" a implementar o acordo de 2015 e a "manter os benefícios econômicos" para a população iraniana.

Em 21 de maio de 2018, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, propôs uma lista com 12 condições para firmar um "novo acordo", com demandas muito mais duras sobre o programa nuclear e balístico de Teerã e seu papel nos conflitos no Oriente Médio.

Trump decide encerrar, desde maio de 2019, as isenções que permitem que oito países comprem petróleo iraniano sem violar as sanções americanas.

Em 8 de maio, o Irã retrocede em alguns dos seus compromissos, na tentativa de pressionar os países europeus que ainda fazem parte do acordo que o ajudem a contornar as sanções.

Donald Trump impõe novas sanções contra "os setores iranianos de ferro, aço, alumínio e cobre".

Em 24 de junho, Trump assina um decreto impondo sanções contra o líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, e outros altos funcionários do regime.

Em 1º de julho, o Irã anunciou que havia excedido o limite de 300 kg imposto pelo acordo de 2015 sobre suas reservas de urânio de baixo enriquecimento.

Em 26 de setembro de 2019, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) anuncia que o Irã reiniciou o enriquecimento de urânio.

No início de novembro, o Irã informa sobre a produção diária de cinco quilos de urânio levemente enriquecido, dez vezes mais do que no início de setembro. Recomeçam as atividades na usina subterrânea de Fordo (180 km ao sul de Teerã).

No dia 18, a AIEA informa que as reservas de água pesada do Irã ultrapassaram o limite estabelecido no acordo.

Em 5 de janeiro de 2020, Teerã anuncia o início da "quinta e última fase" do seu plano de redução de compromissos, alegando que não se sente mais afetado por quaisquer limites "no número de suas centrifugadoras".

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