INTERNACIONAL

Ação de Graças em meio à pandemia nos EUA, que parece controlada na Europa

Com um desfile virtual e o pedido das autoridades para que as reuniões familiares sejam limitadas, os Estados Unidos celebram, nesta quinta-feira (26), um Dia de Ação de Graças marcado pela retomada da pandemia no país, enquanto a Europa começa a flexibilizar suas restrições próximo à temporada de Natal

AFP
26/11/2020 às 18:40.
Atualizado em 24/03/2022 às 02:33

Com um desfile virtual e o pedido das autoridades para que as reuniões familiares sejam limitadas, os Estados Unidos celebram, nesta quinta-feira (26), um Dia de Ação de Graças marcado pela retomada da pandemia no país, enquanto a Europa começa a flexibilizar suas restrições próximo à temporada de Natal.

A irrupção do vírus também afetou o famoso desfile de Ação de Graças, que costuma reunir milhões de pessoas nas ruas de Nova York, e foi realizado nesta quinta-feira sem audiência. Foi transmitido pela internet, filmado em sua maioria com antecedência.

Como muitos de seus compatriotas, o presidente eleito Joe Biden seguiu as recomendações sanitárias e não viajou para Massachusetts como faz todos os anos. O democrata passará a festa em Delaware apenas com sua esposa, filha e genro.

"Sei que não é assim que muitos de nós esperávamos passar o feriado", declarou o ex-vice-presidente de Barack Obama, em um vídeo divulgado nesta quinta-feira no Twitter.

"Sabemos que o pequeno sacrifício de ficar em casa é um presente para nossos compatriotas americanos", acrescentou.

Em uma prova de suas diferenças na gestão da pandemia, o presidente Donald Trump encorajou "todos os americanos a se reunirem, em casa e em locais de culto", em sua mensagem de Ação de Graças divulgada na quarta-feira.

O magnata republicano, que passou a manhã de quinta-feira jogando golfe, deve jantar com sua família na Casa Branca, segundo a porta-voz da primeira-dama.

Apesar dos alertas, quase sete milhões de pessoas embarcaram em viagens de avião no país nos últimos sete dias, segundo dados da agência TSA, responsável pelos controles de segurança em aeroportos, 22% a mais que na semana anterior.

Mas as reuniões familiares em torno do tradicional peru recheado não terão o mesmo sabor este ano, uma vez que o país acaba de registrar mais de 2.400 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas, o maior número dos últimos seis meses.

Em todo planeta, o vírus provocou mais de 1,4 milhão de mortes e mais de 60,4 milhões de contágios, segundo o balanço da AFP baseado nos números oficiais dos países.

Na Europa, que registra mais de 390.000 mortes e 17,1 milhões de casos, as medidas de confinamento impostas nas últimas semanas começam a apresentar resultados, e vários países começam a flexibilizar as restrições para as festas natalinas.

Na França, os estabelecimentos comerciais não essenciais reabrirão as portas a partir de sábado. Caso a situação continue melhorando, o governo cogita suspender em 15 de dezembro o confinamento, imposto há quase um mês, e substituí-lo por um toque de recolher noturno.

O Reino Unido, outro país muito afetado pela pandemia, prevê reabrir no início de dezembro todo comércio e iniciar um programa de testes em larga escala. O primeiro-ministro Boris Johnson já advertiu, no entanto, que o Natal não será "normal".

A Alemanha, que durante a primeira onda se viu relativamente pouco impactada pela pandemia, mas que atualmente registra números recordes de mortes e contágios, decidiu manter as restrições.

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