INTERNACIONAL

A política repressiva de Erdogan na Turquia desde o fracassado golpe de Estado

Desde a tentativa de golpe de Estado em 2016 contra o presidente Recep Tayyip Erdogan até as mais de 330 sentenças de prisão perpétua declaradas nesta quinta-feira (26), esses são os acontecimentos mais relevantes em mais de quatro anos de tensão na Turquia

AFP
26/11/2020 às 14:40.
Atualizado em 24/03/2022 às 02:33

Desde a tentativa de golpe de Estado em 2016 contra o presidente Recep Tayyip Erdogan até as mais de 330 sentenças de prisão perpétua declaradas nesta quinta-feira (26), esses são os acontecimentos mais relevantes em mais de quatro anos de tensão na Turquia.

Na noite de 15 de julho de 2016, uma fração do exército se revolta, apreende aviões de combate e helicópteros e instaura o pânico nas ruas de Ancara e Istambul. Os conspiradores do golpe atacam o Parlamento e o palácio presidencial.

O presidente Recep Tayyip Erdogan, de férias, exorta os turcos a saírem às ruas para resistir a esta "tentativa de golpe de Estado".

Ele denuncia uma "traição" dos soldados golpistas e os vincula ao pregador Fethullah Gülen, que mora nos Estados Unidos há duas décadas. Outrora um aliado e agora seu pior inimigo, Gülen desmente a acusação.

A tentativa de golpe deixa oficialmente 251 mortos, sem contar os golpistas, e mais de 2.000 el feridos.

Nos dias 16 e 17 de julho, centenas de generais, juízes e promotores são presos por seu suposto apoio ao levante. Os expurgos estendem-se então à polícia, aos professores e à imprensa. Em 20 de julho, Erdogan declarou o estado de emergência.

Os expurgos começam com os supostos apoiadores de Fethullah Gülen, mas depois afetam o movimento pró-curdo, a imprensa crítica e as ONGs, causando preocupação na Europa.

Desde então, dezenas de milhares de pessoas foram presas e mais de 140.000 demitidas ou suspensas de suas funções.

Em 24 de junho de 2018, Erdogan ganha confortavelmente a eleição presidencial no primeiro turno.

As eleições marcam a passagem de um sistema parlamentar para um regime presidencial, onde o chefe de Estado concentra o poder executivo, após uma revisão constitucional ocorrida em 2017.

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