INTERNACIONAL

A conquista espacial da China, uma "Longa Marcha"

O lançamento nesta terça-feira (24) para a Lua da sonda Chang"e 5, encarregada de coletar amostras de rochas lunares, é mais um passo na conquista espacial da China, iniciada há 60 anos por Mao e agora visando Marte

AFP
24/11/2020 às 07:07.
Atualizado em 24/03/2022 às 02:20

O lançamento nesta terça-feira (24) para a Lua da sonda Chang"e 5, encarregada de coletar amostras de rochas lunares, é mais um passo na conquista espacial da China, iniciada há 60 anos por Mao e agora visando Marte.

A China investe bilhões de dólares em seu programa espacial, tentando alcançar a Europa, os Estados Unidos e a Rússia.

Entre seus projetos mais ambiciosos está colocar um veículo robótico controlado remotamente em Marte no próximo ano, construir uma grande estação espacial até 2022 e enviar chineses à Lua em 2030.

Estas são as principais etapas da conquista espacial chinesa:

Em 1957, a União Soviética colocou em órbita terrestre o primeiro satélite feito pelo homem, o Sputnik. O fundador da República Popular da China, Mao Tsé-Tung, lançou então um apelo aos seus cidadãos: "Nós também fabricaremos satélites!"

A primeira etapa se concretizou em 1970. A China lançou seu primeiro satélite com a ajuda do foguete "Longa Marcha", nome que lembra a jornada do Exército Vermelho que permitiu a Mao se estabelecer como líder do Partido Comunista Chinês.

Mas demorou até 2003 para que o gigante asiático enviasse o primeiro chinês ao espaço, o astronauta Yang Liwei, que deu a volta à Terra 14 vezes em 21 horas.

Com este voo, a China se tornou o terceiro país, depois da União Soviética e dos Estados Unidos, a enviar um ser humano ao espaço por seus próprios meios. Desde então, realiza regularmente missões espaciais tripuladas.

A China já havia deliberadamente descartado a participação na Estação Espacial Internacional (ISS), que associa americanos, russos, europeus, japoneses e canadenses.

Sua intenção é construir a sua própria estação.

Para isso, o país lançou primeiro um pequeno módulo espacial, o Tiangong-1 ("Palácio Celestial 1"), colocado em órbita em setembro de 2011. Foi usado para treinamento de astronautas e experimentos médicos.

Em 2013, a segunda astronauta chinesa no espaço, Wang Yaping, deu um curso de física transmitido ao vivo para centenas de milhões de estudantes e espectadores na Terra.

O Tiangong-1 encerrou suas operações em março de 2016. O laboratório era considerado uma fase preliminar na construção de uma estação espacial.

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