A primeira colocada foi São Caetano do Sul, no ABC Paulista, que também lidera a classificação do Sudeste.
Com mais 400 mil habitantes, Piracicaba é uma das mais importantes cidades do interior paulista (Mateus Medeiros / Gazeta de Piracicaba)
Entre 876 cidades brasileiras analisadas sob a perspectiva de suas capacidades de atender às necessidades básicas de vida de seus cidadãos, principalmente dos mais idosos, Piracicaba ficou na 56a. no ranking do Índice de Desenvolvimento Urbano para a Longevidade. A primeira colocada foi São Caetano do Sul, no ABC Paulista, que também lidera a classificação do Sudeste. Em seguida ficou Santos (litoral Sul de São Paulo), em 3º lugar Porto Alegre (RS), em 4º a capital São Paulo e em 5º Florianópolis (SC). O IDL é elaborado a partir da avaliação de indicadores como cuidados de saúde, bem-estar, finanças, habitação, educação e trabalho e cultura e engajamento. São 50 indicadores individuais obtidas a partir de fontes oficiais públicas sobre essas variáveis. O primeiro estudo foi elaborado pela Mongeral Aegon em 2017 e mostra que Piracicaba evolui em alguns dos critérios analisados e retrocedeu em outros nesses três últimos anos. O município faz parte da categoria de Grandes Cidades. A área que Piracicaba foi mais bem avaliada para atender às necessidades de adultos foi Educação e Trabalho, com nota 77,2. A melhor cidade do país para viver, São Caetano do Sul, nesse indicador obteve nota 86. E, em relação ao estudo de 2017, Piracicaba retrocedeu 11 pontos nesse quesito. Há três anos, obteve nota 88. São avaliados nesse indicador a taxa de distorção idade-série, porcentual de professores com curso superior na Educação de Jovens e Adultos (EJA), número médio de aulas-hora diárias, taxa de desocupação, Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal Emprego e Renda e também o Índice Firjan de Desenvolvimento da Educação. Na habitação, Piracicaba cresceu e melhorou. A nota desse novo IDL foi 51,4. Em 2017, 28. Nesse item, são avaliados: porcentagem de participação de grupos etários na população acima de 65 anos, condomínios residenciais para idosos, acesso à rede de esgoto e densidade demográfica por habitante por quilômetro quadrado. Na saúde, o município conquistou nota 17,5, menor que os 37 avaliados em 2017 e nela são avaliados número de médicos, psicólogos, enfermeiros, fisioterapeutas, mamografias realizadas, leitos existentes, leitos do Sistema Único de Saúde (SUS), reabilitação, hospitais com unidade de neurocirurgia de emergência e cobertura do Centro de Atenção Psicossocial (Caps). No bem-estar, Piracicaba teve média 75,4, melhor que em 2017, quando a nota foi 58. É considerado nesse indicador o número de inscritos em planos de saúde divididos pela população com 65 anos ou mais, estabelecimentos de atividade de condicionamento físico, lanchonetes, casas de chá, sucos ou similares, número de suicídios por 100 mil habitantes, número de acidentes com animais peçonhentos, frequência de violência (sexual, tortura, doméstica) e número de óbitos por fibrose ou cirrose hepática. Finanças precisa melhorar Em Piracicaba, na avaliação dos indicadores relacionados às finanças, a cidade obteve nota 45, bem menor que os 65 pontos conquistados em 2017. Nesse item, são analisados o rendimento da população entre 60 e 69 anos, o número de agências bancárias no município e a população de baixa renda. Também entram nesse quesito a transparência municipal, o PIB do município, carga tributária, índice de envelhecimento, Indicador Social de Desenvolvimento dos Municípios, a porcentagem de despesas direcionadas a investimentos do orçamento e a contribuição com a Previdência Social. Em cultura e engajamento, a nota foi 55,5, melhor que os 51 pontos de três anos atrás. A avaliação desse indicador inclui o casamento entre idosos, acesso à internet fixa, TV por assinatura e o Sesc. Com todas essas avaliações, no indicador geral Piracicaba obteve nota 77,6 (maior que em 2017, quando a pontuação foi 66) e ficou no ranking geral das avaliações com 67 pontos, seis a mais que os 61 obtidos no estudo anterior. Para comparar com São Caetano, no geral a cidade do ABC Paulista melhor avaliada no IDL 2020 ficou com média 89 e no ranking geral, 100. No índice, quanto mais perto de 100, melhor a cidade apresenta condições de atender às necessidades à vida dos cidadãos. Saiba mais Estudo tem como propósito facilitar a participação de pessoas de todas as idades na sociedade. Mapeia e entende o que influencia o bem-estar nas cidades, conforme o Instituto Mongeral Aegon.