INTERNACIONAL

11 de março de 2011: destruição e morte voltam a assombrar o Japão

Pouco depois das 14h45 da sexta-feira fria de 11 de março de 2011, os prédios começaram a balançar com força no nordeste do Japão, marcando o início de um dos terremotos mais violentos já registrados

AFP
11/03/2021 às 10:57.
Atualizado em 22/03/2022 às 09:01

Pouco depois das 14h45 da sexta-feira fria de 11 de março de 2011, os prédios começaram a balançar com força no nordeste do Japão, marcando o início de um dos terremotos mais violentos já registrados.

O terremoto de 9,0 graus de magnitude, que desencadeou um tsunami devastador e a pior catástrofe nuclear desde Chernobyl em 1986, é diferente de tudo o que Sayori Suzuki viveu até o momento em sua cidade costeira de Minamisoma.

"Meu filho chorava muito e os objetos voavam das estantes", contou esta mulher à AFP.

Os tremores da terra duraram vários minutos arrepiantes, derrubaram casas e racharam estradas.

Sentido até em Pequim, o terremoto também afetou Tóquio, onde os arranha-céus se moveram, incêndios foram declarados e os transportes públicos foram paralisados.

Mas o horror estava apenas começando.

Ao longo dos quilômetros da costa do nordeste do Japão, uma parte da crosta terrestre se afundou sob a outra, elevando uma parte do fundo do mar e liberando uma energia impressionante para a superfície.

Isso provocou uma série de ondas gigantescas em direção ao Japão, com um tempo máximo de 45 minutos para que os habitantes da região buscassem abrigo após o país declarar o alerta de tsunami.

"Peguei nosso avô e nosso cachorro e partimos de carro. A onda estava bem atrás de mim. Tive que ziguezaguear entre os obstáculos e a água", contou à AFP uma sobrevivente, Miki Otomo, pouco depois da catástrofe.

A água destruía edifícios de concreto e arrastava navios, carros e escombros terra adentro.

"Pensei que minha vida tinha acabado", disse depois Kaori Ohashi, que passou duas noites em uma casa de repouso com 200 idosos e outros membros da equipe.

Ohashi viu veículos e motoristas flutuando na água e pessoas desesperadamente agarradas às árvores antes de serem arrastadas por uma onda assustadora.

Rapidamente surge a preocupação com a situação das usinas nucleares da região.

As autoridades afirmaram que nenhum vazamento radioativo foi detectado, mas a imprensa informava sobre falhas no sistema de resfriamento da central de Fukushima Daiichi.

Três dos seis reatores da usina estavam em funcionamento quando sua energia elétrica foi cortada pelo terremoto e pelo tsunami, o que provocou um aquecimento e, em seguida, uma fusão no coração de seus reatores.

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