Escolhendo uma profissão...

09/04/2022 às 09:32.
Atualizado em 09/04/2022 às 09:34
 (Divulgação)

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A escolha de uma profissão a seguir, costuma ser motivo de mais preocupação que entusiasmo para o jovem.

Este, por estar vivendo um período de conflito em busca da própria liberdade e amadurecimento não raro fica ansioso, desanimado, confuso ou mesmo apático quando se vê obrigado a tomar uma decisão tão séria.

Como escolher uma dentre tantas profissões existentes?
Essa interrogação é vivida ao lado de outras deste período em busca da própria identidade.

Quem sou? como sou? O que quero da vida?

Como dar esse passo firme numa direção única, justamente numa fase marcada pela indecisão?

Optar por um caminho que vai refletir na vida toda é uma tarefa de imensa responsabilidade e costuma gerar insegurança.

Este é um dos motivos que pode fazer com que o jovem busque uma resposta vinda de fora dele – pais, professores etc.

No entanto, até que ponto esta resposta vinda de um Outro e não do interior de si mesmo pode comprometer seu futuro?

Quem não se deparou com adultos que se encontram insatisfeitos em seu trabalho? Quem não conhece alguém que afirmou ter vontade de tentar outra profissão?

E assim, muitos continuam frustrados por não se reconhecerem no que fazem. Se a pessoa não se identifica com o que faz, acaba vivendo um desencontro consigo mesma.

A Orientação Vocacional pode ser eficaz quando nela se prioriza uma reflexão baseada na “escuta” analítica do jovem em seus anseios, medos e desejos, que estão sempre relacionados à sua historia de vida que é única. Dando mais importância aos questionamentos do que aos Instrumentos de Medida (testes).

Considero também a ajuda dos pais muito importante, desde que estes levem em conta a satisfação pessoal do filho, o respeito à sua individualidade, incentivando – o a tomar decisão e fazer uma escolha com cuidado. Uma família que apóia sem cobrar, encoraja sem pressionar, pode ser de grande auxílio.
São muitos os jovens que percebem, mesmo à nível “inconsciente”, o quanto seus pais esperam que eles façam determinado curso. Ou então, sentem que estes desejam que eles dêem continuidade ao negocio que já está estabelecido na família.

Outros sentem que têm que realizar, através de sua escolha, aspirações e sonhos frustrados de seus pais. No entanto, sabemos o quanto isso pode ser desastroso.

Também há os jovens que sabem o que querem, mas parecem não acreditar enquanto não encontram uma confirmação.

Quando a escolha é feita com cuidado e carinho, torna-se possível evitar decepções que podem acompanhar a pessoa para sempre.

Finalizando, devemos considerar que a realização no trabalho, tanto quanto a realização amorosa, é fundamental para a satisfação com a própria vida, já que contribuem para dar “sentido” à nossa existência. 

Edázima Aidar, Psicanalista, Psicóloga e Terapeuta das Disfunções Sexuais de Origem Emocional

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