XV DE PIRACICABA

O Alvinegro na Justiça

Clube faz acordos para pagamento de dívidas trabalhistas

José Ricardo Ferreira
ricardo.ferreira@gazetadepiracicaba.com.br
03/05/2018 às 09:18.
Atualizado em 19/04/2022 às 02:47

Quinta-feira, 3 de maio de 2018 Como boa parte dos clubes brasileiros, o XV de Piracicaba não foge à regra e enfrenta, ao longo da história, pendências na Justiça, principalmente as trabalhistas. O advogado do clube, Ramon Bisson Ferreira, explicou que nem todos os casos são colocados para o público, mas comentou, informalmente, sobre um dos processos, o do ex-atacante do clube, Adilson. Ramon explicou que essa ação corre há tempos na Justiça (desde 2015). O jogador teria exigido mais de R$ 3 milhões do clube. Recentemente, a Justiça estipulou um valor de R$ 32 mil de indenização. A decisão foi tomada pela 4ª Câmara do TRT-15, com sede em Campinas (SP). O XV tem mais um recurso em Brasília (Tribunal Superior do Trabalho - TST). Ramon acredita que o valor será bem menor. Para Ramon, muitos casos favoráveis aos clubes acabam servindo de exemplo para outros clubes se defenderem em acontecimentos similares. Balanço financeiro do XV apontou queda em 2017 nas despesas judiciais: R$ 105,6 mil, contra R$ 334,5 mil em 2016. Outro ex-jogador do XV que cobra indenizações na Justiça é o também atacante David Batista. O atleta pede R$ 750 mil. “Desde dezembro, não há movimentação no processo. Recorremos e esse caso nem foi distribuído em Campinas”, disse Ramon, em entrevista recente à Jovem Pan News Piracicaba. Ramon lembrou que o clube lida com processos antigos, principalmente. Há acordos positivos que possibilitaram pagar as dívidas de forma parcelada na Justiça. Um perito é que determina o valor da conta e chama os processos para a decisão. “A Justiça do Trabalho de Piracicaba foi uma das pioneiras”, disse ele, se referindo ao não recolhimento dos valores nas bilheterias dos jogos. Se isso continuasse, os clubes fechariam e os credores dificilmente receberiam o dinheiro das indenizações. Ramon disse, ainda, à Jovem Pan que um problema, porém, existe. São processos de atletas de outras modalidades que levam o nome do XV. Um ex-jogador de basquete, por exemplo, levou a Justiça a entender que o XV é “devedor subsidiário”. Ramon entende que esses casos são emblemáticos pois envolvem outros uniformes, CNPJ e locais de treinos. “O XV tem uma marca registrada e proteção na lei esportista”, frisou ele. “Estamos tomando providências para evitar futuras pendências”.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Gazeta de Piracicaba© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por