Foto da ONG Uerê mostra alunos se protegendo de tiros na favela carioca
Mais de 2 mil alunos de três escolas no complexo de favelas da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, estão sem aulas nesta quarta-feira (30) embora a greve dos professores na rede municipal tenha terminado na última segunda-feira (28). Segundo a Secretaria Municipal de Educação, as aulas foram suspensas "por conta de violência no entorno". O 22º Batalhão de Polícia Militar (BPM), responsável pela segurança do local, informou que não houve operações na comunidade nesta quarta. Além dos estudantes da rede municipal, mais de 400 crianças e adolescentes da ONG Uerê, que atende alunos com dificuldades de aprendizado causadas por traumas pela violência local, também ficaram sem aulas. De acordo com a coordenadora da ONG, Yvonne Bezerra de Mello, houve um tiroteio por volta das 7h, horário de entrada dos alunos nas escolas, e as aulas foram suspensas. Na semana passada, os estudantes ficaram três dias sem aula por causa da violência. "Estamos vivendo nessa situação de violência insuportável desde o início do ano", afirmou Yvonne. Em nota, o 22º BPM informou que "as operações são planejadas sempre com base em informações do Serviço de Inteligência" em horários que não coincidam com turnos escolares. A última ação oficial da PM no complexo da Maré ocorreu em 25 de outubro, mas as operações não têm periodicidade estabelecida. Na única escola da rede estadual na Maré, o Ciep Professor César Pernetta, os 1.118 estudantes estão tendo aulas normalmente. De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, o 22º BPM faz monitoramentos constantes na região. Veja também Corpo encontrado pode ser de marido de policial da UPP João Rodrigo foi decapitado e teve a cabeça lançada à porta da casa em que vivia com a mulher Marido de policial da UPP é decapitado no Rio Mochila contendo cabeça decapitada do esposo foi deixada na casa dela na madrugada desta terça PMs mulheres teriam ouvido sessão de tortura de Amarildo Uma delas afirmou ter ouvido gritos de socorro e gemidos de dor vindos dos contêineres que ficam atrás da UPP Mulher é assassinada em frente ao filho no Rio Crime aconteceu na favela Cidade de Deus recebeu uma UPP em fevereiro de 2009