TUNÍSIA

Um morto e alguns feridos em confrontos

O ministério do interior da Tunísia informou que os confrontos nos bairros da periferia de Túnis deixaram onze policiais e três manifestantes feridos

France Press
19/05/2013 às 17:02.
Atualizado em 27/04/2022 às 14:03

Um manifestante morreu e uma quinzena de policiais e militantes ficaram feridos durante confrontos entre partidários do movimento jihadista Ansar Ashariaa e forças de segurança. A confusão ocorreu neste domingo (19), em Túnis, após o congresso do grupo salafista na cidade de Kairouan ter sido proibido.

De acordo com a supervisora geral do hospital Mongi Slim de la Marsa, Mounira Ben Ghazi, a vítima seria Moez Dahmani, nascido em 1986. Ela afirmou que a morte foi provocada por ferimentos de bala. A morte foi confirmada pelas autoridades tunisianas.

O ministério do interior da Tunísia informou que os confrontos nos bairros da periferia de Túnis deixaram onze policiais e três manifestantes feridos. Um agente da polícia e um militante estão em estado grave.

Com a proibição do congresso na cidade de Kairouan, a 150 km da capital tunisiana, o grupo Ansar Ashariaa, tido como próximo à Al-Qaida, convocou os partidários para uma reunião no bairro de Ettadhamen, reduto salafista a 15 km de Túnis.

Os confrontos eclodiram no início da tarde e seguiram para o bairro vizinho de Intikala, onde centenas de manifestantes munidos de pedras, armas brancas e coquetéis Molotov se esconderam após terem sido coagidos por tiros de advertência e gás lacrimogêneo. As forças de segurança também usaram tratores e canhões.

Por volta das 19h00 locais (15h00 de Brasília), alguns confrontos esporádicos ainda eram registrados. De acordo com um jornalista da AFP, a polícia conseguiu retomar o controle dos bairros atingidos pela violência.

O governo tunisiano, dirigido pelo partido islamita Ennahda, proibiu o congresso do Ansar Ashariaa em Kairouan por acreditar se tratar de uma "ameaça" à segurança local.

O grupo salafista diz ter cerca de 40 mil partidários, número não confirmado pelas autoridades. Ligado ao movimento islamita radical, o grupo é acusado de ser autor de alguns dos ataques mais graves no país.

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