Tribunal Marítimo ordena libertação da tripulação

O Tribunal Internacional do Direito Marítimo ordenou nesta sexta-feira a libertação pela Rússia da tripulação do navio do Greenpeace Arctic Sunrise. O tribunal, com sede em Hamburgo, na Alemanha, também pediu às autoridades russas, em troca de uma garantia financeira no valor de 3,6 milhões de euros, que restabeleçam a liberdade de navegação do navio e autorizarem "todas as pessoas que foram detidas (...) a deixar o território e as zonas marítimas sob sua jurisdição". O navio Arctic Sunrise, que navegava sob a bandeira holandesa, foi apreendido no Mar de Barents em 19 de setembro pela guarda-costeira russa. Sua tripulação - 30 pessoas, incluindo 28 ativistas da ONG, de 18 nacionalidades diferentes, como a brasileira Ana Paula Maciel - foi detida e encarcerada. Os ativistas realizavam uma ação em uma plataforma petrolífera no Ártico contra a exploração energética na região. A Rússia decidiu não participar do procedimento lançado pelo tribunal internacional, órgão das Nações Unidas competente para resolver disputas marítimas, e nesta sexta-feira disse não reconhecer suas ordens. Esta semana, a justiça russa libertou sob fiança 19 membros da tripulação do navio. Os 30 ativistas são acusados de pirataria e vandalismo. Veja também Brasileira deixa a prisão após pagar fiança Ela é a primeira ativista do Greenpeace a ser libertada, segundo anunciou a própria organização Madonna pede libertação de ativistas do Greenpeace Madonna se pronunciou depois que o ex-Beatle Paul McCartney enviou uma carta ao presidente russo Ativistas detidos são transferidos para São Petersburgo Os ativistas deixaram o centro de detenção de Murmansk e viajam de trem para São Petersburgo Greenpeace: acusação de pirataria não foi retirada Comissão de Investigação havia anunciado que iria redesignar as ações contra os 30 militantes