Deputado eleito Fábio Porta (PD) e Juliano Meneghel Dorizotto (Divulgação)
Nem Andrea Matarazzo (da coligação entre Partido Democrático e Partido Socialista Italiano - PD/PSI) nem Ermerson Fittipaldi (do partido de extrema direita Fratelli D'Itália) conseguiu se eleger para a vaga do Senado italiano destinado a italianos da América do Sul.
O eleito foi Alejandro Mario Borghese, da Argentina, com 58.535 votos. Ele representa do partido Movimento Associativo dos Italianos no Exterior (MAIE). Matarazzo obteve 30.535 votos e o ex-piloto da fórmula 1 alcançou 37.373.
O Brasil, no entanto, conseguiu eleger um deputado para o Parlamento de Roma, Fábio Porta, do Partido Democrático (PD), com 22.436 votos. A Argentina levou a outra cadeira, que ficou com Franco Tirelli (MAIE), escolhido por 44.468 eleitores.
Na Itália, a aliança de direita formada pelos partidos Irmãos da Itália (Fratelli d'Italia, FdI), Liga e Força Italia (FI) saiu vencedora das eleições parlamentares no domingo 25.
Analistas observam que a entrada de Fittipaldi na disputa dividiu os votos dos brasileiros.
"Tivemos um representante apoiado por nós brasileiros , eleito para a Camara dos Deputados, Fábio Porta. Mas os argentinos, novamente, foram mais participativos e conquistaram a cadeira do Senado", afirma o piracicabano Juliano Meneghel Dorizotto, representante do Comitato degli italiani all estero (Comites).
Até as eleições de 2018, o colégio eleitoral da América do Sul tinha direito a duas vagas no Senado da Itália e quatro na Câmara, "mas esses números foram reduzidos pela metade devido a uma reforma constitucional", disse Dorizzotto.
O novo cenário beneficiou Borghese, pelo fato de ser maior o número de eleitores na Argentina em relação ao Brasil, "além da participação mais intensa dos eleitores do país vizinho", conclui o repreentante do Comites.