Especialistas fizeram relatório sobre os programas de espionagem e vigilância eletrônica da Agência de Segurança Nacional
Divulgado nesta quarta-feira (18), o relatório elaborado por um painel de especialistas sobre os programas de espionagem e vigilância eletrônica da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) defende uma ampla revisão das atividades de espionagem da agência. No documento, os especialistas sugerem mais cooperação da NSA com os países aliados e pedem que sejam mantidas "robustas" capacidades de inteligência. O texto afirma ainda que a NSA não deve reter em suas bases os chamados "metadados" telefônicos coletados. Criado a pedido do presidente Barack Obama, o painel divulgou 46 recomendações, que incluem a necessidade de reforma na Corte de Vigilância de Inteligência Externa. O relatório de 308 páginas, entregue semana passada à Casa Branca e divulgado nesta quarta-feira, diz que o governo americano tem de equilibrar os interesses da segurança nacional e o trabalho de inteligência com a vida privada dos cidadãos e com a "proteção da democracia, das liberdades civis e com o império da lei". Em entrevista coletiva, o ex-assessor da Casa Branca para questões de terrorismo e membro do painel Richard Clarke frisou: "não estamos dizendo que a luta contra o terrorismo terminou". Clarke ressaltou que há "mecanismos que devem ser mais transparentes, devem ter uma visão mais independente" e mencionou a necessidade de "dar ao público um sentido de confiabilidade que vá além do que vai hoje". O relatório pede ainda que sejam dados "passos significativos" para "proteger a privacidade dos cidadãos" não americanos e que haja mais cooperação com os aliados para evitar asperezas diplomáticas em função dos trabalhos de inteligência dos Estados Unidos.