ESTADO DA UNIÃO

Obama está pronto para evitar o Congresso em 2014

Porta-voz da casa Branca diz que o presidente entende este ano como de concretização de projetos

France Presse
26/01/2014 às 21:08.
Atualizado em 27/04/2022 às 18:39

O presidente norte-americano, Barack Obama, está pronto para "evitar" o Congresso em 2014 se considerar necessário para que sejam concretizados seus principais projetos, afirmou neste domingo o porta-voz da Casa Branca. "O presidente entende (este ano) como um ano de ação (...) para trabalhar junto com o Congresso quando puder e para evitá-lo quando for necessário", disse à rede ABC o porta-voz Jay Carney, dois dias antes do discurso anual do presidente frente aos legisladores. Depois de um 2013 marcado por fracassos legislativos em matéria de regulação das armas de fogo, concessão de ajudas aos desempregados de longa duração e à reforma da imigração, Obama fará, na terça-feira, no Congresso, seu discurso do estado da União, no qual se mostrará "otimista", com a perspectiva de um "ano de ação", informaram seus assessores neste sábado. Toda essa vontade pode, contudo, se chocar com as preocupações eleitorais dos congressistas. A totalidade da Câmara de Representantes, dominada desde 2011 pela oposição republicana, e um terço do Senado, onde os democratas são maioria, devem ser renovados em novembro. Carney se disse "otimista para 2014, ano no qual o Congresso tentará um projeto de lei de reforma migratória completo, bipartidarista, que responda aos princípios que (o presidente) expôs e que pode promulgar em uma lei". Um dos conselheiros de Obama, Dan Peiffer, alertou na CNN que na terça-feira o presidente "não vai dizer o que esperará do Congresso, mas sim que ele vai avançar por sua própria iniciativa". "Não é (uma proposta) de confrontação. Equivale a 'encontrarmos temas com os quais possamos trabalhar em conjunto'", considerou Peiffer, citando a reforma da imigração ou as indenizações aos desempregados de longa data. O senador republicano Rand Paul respondeu, também pela CNN, que as declarações de Carney "se parecem vagamente com uma ameaça e a (uma atitude) bastante arrogante no sentido de que um dos princípios fundamentais do país é o da separação de poderes".

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