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Nova onda de violência no Iraque deixa quase 40 mortos

O Iraque passa por um momento de crescente violência étnica

France Press
20/05/2013 às 07:26.
Atualizado em 27/04/2022 às 14:03

Uma nova onda de violência no Iraque matou nesta segunda-feira 15 pessoas em uma série de atentados em Bagdá e na cidade de Basra (sul), poucas horas depois das mortes de 24 policiais no domingo à noite em confrontos no oeste do país.

Desde o início do ano, 200 pessoas morreram em média por mês em atentados no país. Apenas em abril foram 460 vítimas fatais, segundo um balanço da AFP. Em 2006-2007, os anos mais violentos no Iraque, 1.000 pessoas morriam por mês no país.

Nesta segunda-feira, dois carros-bomba explodiram no porto de Basra e mataram sete pessoas. Trinta e cinco ficaram feridas.

Em Bagdá, sete carros-bomba e um artefato explosivo deixaram seis mortos e 57 feridos em vários pontos da capital. Em Samarra, ao norte de Bagdá, outro carro-bomba matou dois milicianos anti-Al-Qaeda e feriu 12 pessoas.

Vinte e quatro policiais morreram no domingo à noite em confrontos na província de Al-Anbar, oeste do país, informaram fontes policiais e médicas.

Os incidentes aconteceram durante uma tentativa de resgate de policiais que haviam sido sequestrados no sábado, assim como durante os ataques a duas delegacias executados por homens armados.

Doze policiais que estavam sequestrados morreram na tentativa de resgate e quatro ficaram feridos. Nos ataques às delegacias, homens armados mataram 12 agentes em Al-Anbar.

Mohamed Hadi, um dos policiais que estava em cativeiro, disse à AFP que um grupo de homens armados sequestrou vários oficiais no sábado na estrada que liga o Iraque com a Jordânia nesta província de maioria sunita do oeste do país.

No domingo, um comando conjunto do exército e da polícia tentou libertar os reféns, que estavam retidos em uma zona desértica. Mas durante a operação, confrontos explodiram, segundo o tenente-coronel Majid al-Jlaybaui.

Os ataques às delegacias aconteceram na cidade de Haditha, 210 km ao noroeste de Bagdá.

O Iraque passa por um momento de crescente violência étnica.

Nas últimas semanas, vários locais de culto sunitas e xiitas foram atacados, enquanto a tensão aumenta entre o governo de Nuri al-Maliki, um xiita, e a minoria sunita.

Os sunitas protestam desde dezembro contra as autoridades, que acusam de estigmatizar a comunidade com detenções e acusações injustificáveis de "terrorismo".

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