PELA SEXTA VEZ

Mercado reduz projeção de crescimento da Economia

Expansão do PIB deve cair de de 1,98% para 1,97% este ano

Agência BrasiI
08/04/2019 às 17:41.
Atualizado em 27/04/2022 às 23:54
Consumidores brasileiros  (Marcelo Camargo)

Consumidores brasileiros (Marcelo Camargo)

Instituições Financeiras voltaram a reduzir a projeção para o crescimento da Economia neste ano e em 2020. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no País – caiu de 1,98% para 1,97% este ano. Foi a sexta redução consecutiva. Para 2020, o cálculo para o crescimento do PIB recuou de 2,75% para 2,70% na terceira redução consecutiva. As projeções de crescimento do PIB para 2021 e 2022 permanecem em 2,50%. Os números constam do Boletim Focus, publicação semanal elaborada com base em estimativas de Instituições Financeiras sobre os principais indicadores econômicos. O Boletim é divulgado às segundas-feiras, pelo Banco Central (BC), em Brasília. Inflação A estimativa da inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi ajustada de 3,89% para 3,90% este ano. Para 2020, a previsão para o IPCA segue em 4%. Para 2021 e 2022, também não houve alteração: 3,75%. A meta de inflação deste ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. A estimativa para 2020 está no centro da meta: 4%. Essa meta tem intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2021, o centro da meta é 3,75%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. O CMN ainda não definiu a meta de inflação para 2022. Taxa Selic Para controlar a inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic. Para o Mercado Financeiro, a Selic deve permanecer no seu mínimo histórico de 6,5% ao ano, até o fim de 2019. Para o fim de 2020, a projeção segue em 7,50% ao ano. Para o fim de 2020 e 2021, a expectativa permanece em 8% ao ano. A Selic, que serve de referência para os demais juros da Economia, é a taxa média cobrada nas negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas diariamente no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). A manutenção da Selic, como prevê o Mercado Financeiro, indica que o Copom considera as alterações anteriores nos juros básicos suficientes para chegar à meta de inflação. Ao reduzir os juros básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e o consumo. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta de inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Dólar A previsão do Mercado Financeiro para a cotação do dólar permanece em R$ 3,70 no fim do ano e em R$ 3,75 no fim de 2020.

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