SANTIAGO

Marcha maciça no Chile pede nova política de drogas

A norma antidroga atual do Chile penaliza com até cinco anos de prisão o cultivo de maconha

France Press
18/05/2013 às 21:49.
Atualizado em 27/04/2022 às 14:02

Milhares de pessoas marcharam neste sábado em Santiago pedindo uma nova política de drogas para o Chile, mediante a qual se regulamente o consumo de maconha e se permita seu cultivo pessoal, como forma de combater o narcotráfico.

Homens mulheres e até mães com seus filhos se reuniram na Praça dos Heróis, centro de Santiago, para participar da marcha, que seguiu por várias quadras ao som de tambores, acompanhados do grito 'Legalização!'.

"A 'santita' (maconha) é maravilhosa. O sistema político se encarrega de desvirtuar seu uso e não nos deixa plantar em casa e isso fomenta o narcotráfico", declarou à AFP María Aidé Mateluna, uma mulher de 62 anos que participou da passeata.

A marcha, celebrada pelo nono ano, terminou no Parque Almagro, onde se concentraram as cerca de 30.000 pessoas que participaram da mobilização, segundo estimativas do Movimental, um grupo que promove a descriminalização da maconha e que organizou a passeata.

"Enquanto não for regulamentado o acesso para as substâncias, certamente a maconha, o único que se faz é continuar fomentando o narcotráfico e a única forma de combater o tráfico é regulamentar", disse à AFP Claudio Venegas, um dos organizadores.

A norma antidroga atual do Chile penaliza com até cinco anos de prisão o cultivo de maconha, assim como sua venda, embora não seu consumo pessoal e em caráter privado.

O Congresso chileno debate um projeto de lei para legalizar o cultivo, consumo pessoal e terapêutico da maconha, que foi apresentado em 2012 pelos senadores socialistas Ricardo Lagos Weber e Fulvio Rossi, que admitiu fumar maconha "ao menos duas vezes por mês".

Dezenove e meio por cento dos adolescentes chilenos disseram ter consumido maconha em 2011, um aumento de 4,4 pontos percentuais com relação a 2009, segundo um informe oficial.

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