RÚSSIA

Justiça ordena embargo de bens do opositor Navalny

Segundo os investigadores, Alexei Navalny criou uma empresa de transportes e vinha lavando dinheiro

France Press
12/11/2013 às 13:44.
Atualizado em 27/04/2022 às 17:23

Um tribunal de Moscou ordenou nesta terça-feira o embargo de bens do opositor russo Alexei Navalny e de seu irmão Oleg, acusados de fraude em um caso que envolve a marca francesa de cosméticos Yves Rocher. "O tribunal Basmanny de Moscou ordenou o embargo de bens dos dois irmãos Navalny", declarou à AFP a porta-voz do tribunal, Natalia Romanova, que não revelou os bens afetados. "Não tenho ideia dos bens que foram embargados pela justiça. Ninguém me convidou para esta audiência", escreveu Navalny no Twitter. Alexei e Oleg Navalny foram acusados no fim de outubro de desvio de 26 milhões de rublos (590.000 euros) da Yves Rocher e de mais quatro milhões (90.000 euros) de outra empresa. Também foram acusados de lavar 21 milhões de rublos (480.000 euros), o que pode resultar em penas de 10 anos de prisão. Segundo os investigadores, Alexei Navalny criou uma empresa de transportes há alguns anos e seu irmão Oleg, diretor no Correio russo, convenceu em 2008 a Yves Rocher a assinar um acordo para o transporte de pacotes a preços elevados. Alexei Navalny, advogado e ativista anticorrupção de 37 anos, que virou o principal opositor do presidente russo Vladimir Putin, foi condenado a cinco anos de prisão com suspensão condicional da pena por outro caso, que ele atribui a uma perseguição. O opositor refuta todas as acusações, que pretendem, segundo ele, afastá-lo do cenário político.

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