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Instituto Royal encerra atividades em São Roque

Instituto é investigado por maus-tratos; 178 beagles foram retirados do laboratório mês passado

Da Agência Estado
06/11/2013 às 15:38.
Atualizado em 27/04/2022 às 17:21

A direção do Instituto Royal, em São Roque, na região de Sorocaba, divulgou nota nesta quarta-feira (6) na qual afirma que vai encerrar definitivamente as suas atividades após mais de dez anos de pesquisas. O alvará de funcionamento da entidade já havia sido suspenso pela prefeitura em 25 de outubro. (Confira abaixo: vídeos de depoimentos de artistas sobre testes em animais e da diretora do Instituto Royal que fala de ações desenvolvidas pela empresa)O instituto é investigado pelo Ministério Público, pela polícia e agora por uma comissão da Câmara dos Deputados por maus-tratos. Uma perícia da polícia não constatou o crime e a entidade nega que ele ocorresse. A decisão do encerramento foi tomada em assembleia geral extraordinária do Conselho Diretor da entidade, que alega que o fechamento se deve à invasão das suas instalações em 18 de outubro, quando 120 ativistas retiraram 178 cães e 7 coelhos. Além de levarem os animais, que eram usados em testes pré-clínicos para a produção de medicamentos, e, segundo os ativistas, de cosméticos, produtos de limpeza e até, agrotóxicos, alega que várias áreas de pesquisa foram destruídas e equipamentos furtados. A nota informa que não são mensuráveis os prejuízos, porque não houve apenas a perda de todo o plantel (só restaram cerca de 200 ratos), mas de aproximadamente uma década de pesquisas, que não são consenso como necessárias na classe científica. Os ativistas alegaram que ouviram latidos de cães como se estivessem sofrendo maus-tratos e que por isso invadiram. A situação já vinha tensa desde o dia 12 de outubro com uma vigília deles no local. O Instituto afirma na nota que era o único capacitado e regulamentado para exercer pesquisas de medicamentos no Brasil e o único no país a ser regulamentado por protocolos internacionais. Para a entidade, ações violentas como a do dia 18 são resultado de dois fatores complementares: as inverdades disseminadas e, por vezes, oportunistas e a falta de informação sobre o assunto. A entidade nega que praticasse maus-tratos e afirma também que vistoria de peritos da polícia, logo após a invasão, a isentou de problema desse tipo porque ela segue as normas técnicas do setor. De acordo com a nota ainda, a partir de agora, qualquer empresa interessada na realização de testes para registro de medicamentos será obrigada a realizar suas pesquisas fora do Brasil. O encerramento das atividades em São Roque não implica na suspensão de funcionamento da unidade Genotox, do instituto, que funciona em Porto Alegre, mas não faz experimentação animal. Entre os medicamentos testados e aprovados em São Roque desde 2005 estão alguns dos utilizados para o tratamento de doenças como câncer, diabetes, hipertensão e epilepsia, entre outros. Apoio Artistas e modelos famosos gravaram depoimentos em vídeo, que vem sendo divulgado pela ONG Ampara Animal desde sexta-feira (1°), para condenar os testes com o uso de animais como os que eram realizados pelo instituto. Por cinco minutos, argumentam o motivo pelo qual discordam da realização dos testes, afirmando que existem outras formas de produzir medicamentos e cosméticos. Pedem ainda que as pessoas tomem consciência dos problemas causados aos animais. Vários dos famosos que apoiaram a iniciativa de 120 ativistas para a invasão do Instituto Royal no dia 18 de outubro participam do vídeo. Lembram que 178 cães da raça beagle foram retirados dos laboratórios da entidade para serem salvos dos maus-tratos.Confira vídeos de depoimentos de artistas sobre testes em animais e da diretora do Instituto Royal que fala de ações desenvolvidas pela empresa: Veja também Encontrado 3º cão em rua de São Roque Retirada 178 animais ocorreu pois ativistas afirmam que laboratório praticava maus-tratos Família de Valinhos quer processar Instituto Royal Ela nega que tenha colocado cão à venda no Mercado Livre; foto mostra que não é o mesmo animal Polícia de Sorocaba assume caso Instituto Royal Delegacia de Investigações Gerais da cidade vai apurar a invasão à empresa de São Roque Suposto beagle de instituto é vendido em site de comércio Anúncio do cão estava no site Mercado Livre, conhecida rede de comércio virtual, pelo preço de R$ 2,7 mil Polícia identifica 20 invasores do Instituto Royal Câmeras de segurança ajudaram investigadores na identificação dos primeiros ativistas Polícia vai ouvir 20 ativistas por invasão ao Instituto Royal Imagens divulgadas pela imprensa e redes sociais ajudaram a identificar os suspeitos

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