TERROR NO MARANHÃO

Governo federal evita se posicionar sobre Pedrinhas

Secretaria de Direitos Humanos da Presidência também evitou se pronunciar sobre a cobrança da ONU

Da Agência Estado
08/01/2014 às 15:30.
Atualizado em 27/04/2022 às 18:20

Surpreendido com a denúncia do Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos contra o "estado terrível" das prisões no Brasil, o governo brasileiro evitou se posicionar sobre as atrocidades ocorridas no presídio de Pedrinhas, no Maranhão. Oficialmente, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) afirmou há pouco que sequer há previsão de uma "resposta pública" ao órgão multilateral e ressaltou que tem um "diálogo natural" com a ONU.   A Presidência da República, procurada pelo Broadcast, também se negou a dar uma resposta, transferindo a responsabilidade para o Ministério da Justiça. A Pasta, comandada pelo petista José Eduardo Cardozo, informou que tampouco tinha uma resposta. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência também evitou se pronunciar sobre a cobrança da ONU.   A ONU exige que o governo abra investigações para determinar o que ocorreu no Maranhão nas cenas divulgadas com decapitações em Pedrinhas, processando os responsáveis. "Apelamos às autoridades para realizarem uma investigação imediata, imparcial e efetiva dos fatos e processar as pessoas consideradas como responsáveis" indicou Rupert Colville, porta-voz da Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos, Navi Plilay.   Em um comunicado divulgado em Genebra e como forma de constranger internacionalmente o governo brasileiro, o Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos insistiu em atacar a situação das prisões no Brasil. "Lamentamos ter que, mais uma vez, expressar preocupação com o terrível estado das prisões no Brasil e apelar às autoridades a tomar medidas imediatas para restaurar a ordem na prisão de Pedrinhas e em outras prisões do país", indicou Colville. Veja também Faltam policiais no Maranhão, admite secretário-adjunto 'Enquanto a ONU recomenda um policial para cada 300 habitantes, nós temos aqui um para 890', admite secretário de segurança do MA ONU pede ao Brasil investigação imediata de barbárie no MA Nações Unidas criticaram sistema carcerário do País e cobraram que governo intervenha em Pedrinhas Número de homicídios cresce 460% em 13 anos Mortes bárbaras dentro e fora de presídios; menina de 6 anos, morreu com 95% do corpo queimado 'Não tem lógica o que fizeram', diz pai de menina morta Menina, que teve 95% do corpo queimado, é uma das 5 vítimas num dos ataques a ônibus no MA

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