CRIME NA UPP

Filho de Herzog compara caso Amarildo ao de seu pai

Dez policiais militares da UPP foram acusados de tortura seguida de morte e de ocultação de cadáver

Da Agência Estado
correiopontocom@rac.com.br
03/10/2013 às 14:37.
Atualizado em 27/04/2022 às 16:44

Ivo Herzog, filho do jornalista Vladimir Herzog, comparou o caso do pedreiro Amarildo de Souza ao assassinato de seu pai nas dependências do DOI-Codi em São Paulo durante a ditadura militar. Ele observou que os casos têm semelhanças pelo pedreiro também ser vítima de agentes do Estado. Amarildo desapareceu após sair da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela da Rocinha. Ivo participou no Senado do lançamento do livro 'A construção da democracia e liberdade de expressão: O Brasil antes, durante e depois da Constituinte', obra em alusão aos 25 anos da Constituição de 1988, editada pelo Instituto Vladimir Herzog, presidido por Ivo, com apoio do Instituto Palavra Aberta e das Organizações Globo. A comparação foi feita pelo filho de Herzog na abertura do evento, na qual citou reportagem do jornal O Estado de S.Paulo sobre a morte do jornalista. "No dia 25 fará 38 anos do assassinato do meu pai e trago aqui um trecho do Estadão que diz: 'inquérito indica tortura com choque e asfixia antes da morte'. É a mesma manchete do caso Amarildo. Essas coisas, 38 anos depois, continuam a acontecer", afirmou. Em entrevista depois do evento, Ivo afirmou que a impunidade dos agentes de Estado ainda persiste no País e que, se o caso do seu pai serviu para ampliar a liberdade de expressão, é preciso que a situação de Amarildo contribua para o desenvolvimento da justiça e o fim da sensação de impunidade. Veja também Amarildo foi torturado até a morte, aponta inquérito Segundo Polícia Civil, tortura de moradores era costumeira nos contêineres da sede da UPP PC diz que tortura é constante na UPP da Rocinha Polícia Civil pede a prisão de dez PMs acusados de ter torturado pedreiro Amarildo até a morte Dez PMs são indiciados pelo sumiço de Amarildo Amarildo desapareceu na favela em 14 de julho passado, depois de detido por PMs da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) local Sob críticas, PM do Rio troca comando de 25 UPPs Entre os postos está o da Rocinha, cujo comandante sofre críticas desde desaparecimento de Amarildo Souza

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