Carlos Aymar diz que delegada interpretou mal uma ligação que ele teria feito a um dos envolvidos
O ex-prefeito Carlos Aymar (PSL), que comandou Araçariguama, na região de Sorocaba, entre 2000 e 2004 e 2006 e 2008, disse, nesta sexta-feira (28), que foi preso por engano na semana passada, na Operação Valência.
De acordo com ele, a delegada Simona Ricci Scarpa Anzuíno, que conduz as investigações daquela operação da polícia, interpretou mal uma ligação que ele, Aymar, teria feito a um dos envolvidos flagrados pela polícia.
Carlos Aymar afirmou que ligou para Marquinhos, um dos assessores do ex-prefeito Dennys Veneri, de Mairinque, para pedir que o auxiliar levasse ao ex-prefeito mairinquense amostras de bandeirinhas eleitorais.
“A intenção era saber se Veneri compraria aquele tipo de bandeirinhas ou não e a delegada achou que fosse outra coisa”, disse. “Foi um tremendo engano. Tanto é que estou em liberdade” — ele ficou uma semana preso.
A delegada Simona Anzuíno disse que o ex-prefeito foi solto por um habeas corpus conseguido por seus advogados, mas que ele segue indiciado no caso sob a acusação de formação de quadrilha e tráfico de influência.
O caso apurado pela Operação Valência envolve o ex-prefeito de Araçariguama e o ex-prefeito de Mairinque, além de outras seis pessoas, entre elas a filha de Dennys Veneri, Thaís, e o vereador Hélio Moreto Jr (PTB).
A polícia apreendeu documentos e computadores nas duas prefeituras e na Câmara de Mairinque e fez escutas telefônicas autorizadas. A estimativa é de que os ex-prefeitos e os outros envolvidos tenham desviado R$ 2 milhões.