DESDE A CRIAÇÃO DO REAL

Dólar ultrapassa R$ 4,39 e atinge novo recorde

Bolsa de Valores fechou com forte baixa de 1,66%

Agência BrasiI
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20/02/2020 às 19:09.
Atualizado em 07/04/2022 às 09:38

Notas de dólar (Agência Brasil)

Em alta pelo quarto dia seguido, o dólar voltou a fechar no maior valor nominal desde a criação do real. O dólar comercial encerrou a sessão vendido a R$ 4,392, com alta de R$ 0,026 (+0,59%). A divisa operou em alta durante toda a sessão. Na máxima do dia, a cotação chegou a atingir R$ 4,397. Desde o começo do ano, o dólar acumula valorização de 9,44%. O euro comercial fechou o dia vendido a R$ 4,74, com alta de 0,44%. O Banco Central (BC) não tomou novas medidas para segurar a cotação. A autoridade monetária leiloou US$ 650 milhões para rolar (renovar) contratos de swap cambial – que equivalem à venda de dólares no Mercado Futuro – com vencimento em abril. O leilão faz parte da rolagem de US$ 13 bilhões de swap que venceriam daqui a dois meses. No Mercado de Ações, o dia também caracterizou-se pela turbulência. O índice Ibovespa, da B3 (antiga Bolsa de Valores de São Paulo), encerrou aos 114.586 pontos, com recuo de 1,66%. O indicador começou o dia perto da estabilidade, mas passou a cair. Nas últimas semanas, o Mercado Financeiro em todo o mundo tem atravessado turbulências em meio ao receio do impacto do Coronavírus sobre a Economia Global. A interrupção da produção em diversas Indústrias da China está afetando as Cadeias Internacionais de Produção. Indústrias de diversos países, inclusive do Brasil, sofrem com a falta de matéria-prima para fabricarem e montarem produtos. A desaceleração da China também pode fazer o país asiático consumir menos insumos, minérios e produtos agropecuários brasileiros. Uma eventual redução das Exportações para o principal parceiro comercial do Brasil reduz a entrada de dólares, pressionando a cotação. Entre os fatores domésticos que têm provocado a valorização do dólar, está a decisão recente do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de reduzir a taxa Selic – juros básicos – para 4,25% ao ano, o menor nível da história. Juros mais baixos desestimulam a entrada de capitais estrangeiros no Brasil, também puxando a cotação para cima.

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