FALECIMENTO

Dissidente cubano Espinosa Chepe morre em Madri

Condenado a 20 anos de prisão, Chepe obteve a liberdade por motivos de saúde em 2004

France Press
23/09/2013 às 12:28.
Atualizado em 27/04/2022 às 16:39

O dissidente cubano Óscar Espinosa Chepe, de 72 anos, e um dos 75 condenados durante a Primavera Negra de 2003, faleceu nesta segunda-feira (23) em um hospital de Madri devido ao agravamento de uma doença crônica, informou à AFP sua esposa Miriam Leiva. "Faleceu nesta manhã às 7h GMT (4h de Brasília). Não havia nenhuma evolução e tentou-se tornar (a situação) a mais suportável possível", disse Leiva, cujo marido chegou em março a Madri com uma permissão especial de Havana para receber atendimento médico por uma hepatopatia crônica granulomatosa. Condenado a 20 anos de prisão em 2003, Chepe obteve a liberdade provisória por motivos de saúde em novembro de 2004 e no início deste ano, coincidindo com a reforma migratória realizada pelo regime cubano, conseguiu um passaporte para viajar à capital espanhola para ser tratado. No entanto, o tratamento médico recebido na capital espanhola não conseguiu reverter o curso da doença, disse Leiva em agosto, prevendo um "desenlace fatal iminente". O corpo de Espinosa Chepe foi transferido a um necrotério de Madri à espera do início dos trâmites para a repatriação. Nascido em 29 de novembro de 1940 em Cienfuegos, Chepe, que trabalhou durante décadas na administração cubana, foi acusado em 1992 por Havana de ser "contrarrevolucionário" e foi detido em 2003 durante a Primavera Negra, embora tenha sido libertado um ano depois devido a sua doença.

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