DO BRASIL

Diretor do Google nega participação em espionagem

Dilma quer saber tudo sobre a espionagem; Coelho disse que país tem direito de sentir-se ultrajado

Agência Estado
06/09/2013 às 11:45.
Atualizado em 27/04/2022 às 16:19

O diretor geral do Google no Brasil, Fábio Coelho, disse nesta sexta-feira (6), durante evento em São Paulo, que o Google não tem participação em questões de espionagem. "O Google não participa disso. Nosso ativo principal é a confiança", afirmou. Coelho disse que esse assunto deve ser discutido no "âmbito de governos" e que o governo brasileiro "tem todo o direito de se sentir ultrajado". "Nós não podemos perder as oportunidades de 95% das coisas boas da atividade digital por conta de alguns desvios", disse. No último domingo um programa da TV Globo denunciou que a presidente Dilma Roussef tenha sido alvo de espionagem norte americana.Dilma  A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta que o Brasil quer saber "tudo o que há" sobre o País nos serviços de espionagem dos Estados Unidos, após a denúncia de que autoridades norte-americanas estariam espionando o Palácio do Planalto, inclusive a presidente. "Quero saber tudo o que há sobre o Brasil, tudo o que é feito com o Brasil", disse nesta manhã em entrevista coletiva no aeroporto de São Petersburgo, antes de deixar a Rússia, onde participou da reunião do G-20. Dilma disse que conversou sobre a espionagem e pediu as explicações sobre o tema em reunião reservada, realizada ontem à noite, com o presidente norte-americano, Barack Obama. Segundo a presidente, Obama quer pessoalmente "criar condições políticas" para a visita de Estado programada para Dilma em outubro nos EUA. "Minha viagem vai depender de condições políticas", afirmou. Durante a entrevista coletiva, Dilma afirmou que é "muito complicado saber disso (espionagem) pelos jornais". A presidente comentou que existiriam rumores de que novas denúncias poderiam vir à tona durante o fim de semana e que também por isso pediu explicações e o detalhamento completo sobre as atividades do serviço secreto norte-americanas a respeito do Brasil. Obama se comprometeu, na reunião de ontem, a dar respostas para "integral esclarecimento dos fatos", disse Dilma. A presidente comentou que relatou ceticismo com relação ao tema a Obama e o norte-americano se comprometeu pessoalmente a acompanhar o tema. Ficou combinado entre os dois presidentes que o novo ministro de Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, e a conselheira de Segurança Nacional da Casa Branca, Susan Rice, conversarão na próxima quarta-feira a respeito de providências sobre o assunto. Dilma disse que "não tem expectativas" sobre a reação norte-americana e que vai aguardar os fatos. Veja também Dilma só vai aos EUA se Obama se explicar Americano se comprometeu a responder ao governo brasileiro sobre o assunto até quarta-feira Obama promete esclarecer espionagem Obama e Dilma se reuniram às margens da reunião de cúpula do G20, em São Petersburgo Snowden revela que EUA e GB podem decifrar códigos Agências de Inteligência têm capacidade para compreender sistemas criptográficos na internet Dilma e Obama fazem encontro paralelo ao G20 As relações entre Brasil e Estados Unidos foram afetadas pelas recentes revelações pela imprensa sobre espionagem Embaixador dos EUA deixa Brasil em meio à crise Governo brasileiro qualifica de inadmissível e inaceitável a espionagem à Dilma e exige explicações Dilma cancela envio de equipe para sua visita a Washington Comitiva cuidaria de hospedagem, transportes, agenda e acordos a serem assinados com Obama

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