Kart adaptado faz paraplégico sentir a adrenalina da pilotagem em Nova Odessa
Estar numa cadeira de rodas não impediu Yves Carbinatti, 26 anos, de realizar um sonho de infância e se tornar piloto de corridas. Há cinco anos, o engenheiro de produção, que mora na cidade de Rio Claro e hoje se dedica ao kart, sofreu um acidente de carro e ficou paraplégico.
Durante um tratamento na Associação de Assistência à Criança com Deficiência (AACD), em 2009, Carbinatti foi apresentado à modalidade de kart adaptado e daí em diante não parou mais.
“Competi três campeonatos em 2010 e dois em 2011, além de ser o primeiro piloto cadeirante a participar da Stock Car Júnior”, conta.
Em 2012, Carbinatti foi campeão da Copa São Paulo, na modalidade Parakart. Agora disputa com o colega de equipe, também paraplégico Andres Lopez, a mesma competição na categoria Pro 500, que é principal do kart nacional. Ambos, são os únicos cadeirantes dentre as 31 equipes e estão em quinto lugar. “Existem dificuldades, mas, para conseguir, basta querer”, declara o piloto.
Adaptações
Para incentivar pessoas como Carbinatti, o ex-piloto Moacir Vieira, dono do Kartódromo Internacional de Nova Odessa, adaptou dois karts. “Tem bem perto do volante alavanca de freio, acionada pela mão direita, e borboleta de aceleração, pela mão esquerda”, explica Vieira.
Estrutura
Elevadores e um heliponto são construídos no kartódromo de Nova Odessa pra facilitar a vida de cadeirantes.
“Nossa pista de corrida é super segura e permite mais de 250 percursos diferentes”, afirma Vieira. O kartódromo fica no Km 116, da Rodovia Anhanguera, no sentido Interior.