MENSALÃO

Costa Neto é autorizado a trabalhar e muda para o CPP

Centro é investigado após diretores pedirem demissão por serem contra regalias dentro do CPP

Agência Estado
26/02/2014 às 14:54.
Atualizado em 27/04/2022 às 19:10

O ex-deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP) foi transferido nesta quarta-feira (26) do Complexo Penitenciário da Papuda para o Centro de Progressão Penitenciária (CPP), após ser autorizado pela Vara de Execuções Penais do Distrito Federal (VEP-DF) a trabalhar fora do presídio. Ele deve começar a dar expediente nesta quinta-feira (27), quando poderá deixar o CPP de dia e voltar apenas para dormir. O CPP já abriga o petista Delúbio Soares, o ex-tesoureiro do PL (hoje PR) Jacinto Lamas e o ex-deputado Carlos Rodrigues (PR-RJ), também condenados no esquema do mensalão. O juiz Angelo Oliveira, que autorizou o trabalho, justificou em despacho que "a concessão do beneplácito neste momento constitui uma possibilidade de se avaliar a disciplina, autodeterminação e responsabilidade do(a) reeducando(a) antes de uma possível transferência para um regime de pena mais avançado." E complementou: "Segundo os documentos acostados aos autos, verifica-se que o local, os dias e os horários das atividades poderão ser regularmente fiscalizados e já consta no caderno processual termo de compromisso do empregador que se prontificou a auxiliar na fiscalização da benesse." A VEP-DF não informou onde Costa Neto irá trabalhar.A reportagem não conseguiu contato com o advogado dele. Costa Neto foi condenado a sete anos e dez meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo processo do mensalão. Ele era presidente do PL (atual PR) e foi acusado de receber mais de R$ 8 milhões do esquema em troca de apoio do partido ao Congresso. Em 2006 ele foi eleito deputado federal e, em 2010, reeleito. Ao ser preso, em 15 de novembro do ano passado, renunciou ao mandato. O CPP, onde Costa Neto passou a cumprir pena a partir desta quarta-feira, é alvo de investigação a pedido do Ministério Público do DF após dois diretores pedirem demissão supostamente por serem contrários a regalias concedidas aos mensaleiros. Veja também Jefferson está em cela individual e terá dieta especial Condenado no processo do mensalão, Jefferson teve o pedido de prisão domiciliar negado na sexta PPS quer bloqueio de dinheiro de 'doação' Até as 11h30, o site criado para receber doações para o petista registrava R$ 565,7 mil em doações Valério e advogado são condenados por mensalão A pena, tanto para Valério como para Tolentino, foi de 4 anos e 4 meses de prisão  

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