Funcionário do local foi preso depois de se passar por policial e invadir residência; outros são procurados
Uma comunidade terapêutica de Ribeirão Preto foi fechada pela polícia e Vigilância Sanitária após um jovem ser sequestrado e internado à força no local. Ele estava na casa da namorada, em Uberlândia (MG), quando quatro homens chegaram ao local e se dizendo policiais aplicaram calmantes e o levaram em um carro. A namorada do rapaz então acionou a polícia que descobriu que os familiares haviam pago R$ 11 mil para internar o jovem que seria usuário de drogas e ficaria em tratamento por 9 meses. O problema é que a comunidade não tinha os documentos necessários para proceder uma internação involuntária. Um funcionário foi preso nesta terça-feira (15) e outros três são procurados. No local havia 22 internos que foram transferidos para outras clínicas. A Lei Antimanicomial (10.426) prevê para uma internação forçada, entre outras coisas, a análise médica de um psiquiatra. O homem que foi preso tem 38 anos e alegou apenas ter dirigido o carro que levou o "paciente". Ele contou que a comunidade existia em Ribeirão Preto há cinco anos e que não sabia que o trabalho desenvolvido no local era ilegal.