Na terça à noite, a FSN havia anunciado em um comunicado o "repúdio à declaração constitucional"
A principal coalizão laica no Egito, a Frente de Salvação Nacional (FSN), que rejeitou na terça-feira o plano de transição apresentado pelo presidente interino, moderou as declarações nesta quarta-feira e anunciou que apresentará as próprias emendas. Na terça-feira à noite, a FSN, dirigido até então pelo novo vice-presidente Mohamed ElBaradei, havia anunciado em um comunicado o "repúdio à declaração constitucional".
A FSN havia lamentado fundamentalmente a falta de consultas antes do anúncio.
Nesta quarta-feira, a FSN sustentou a crítica da falta de consultas, mas suavizou a posição de rejeição ao marco institucional destinado a permitir que o Egito continue no caminho da transição política, enquanto a tensão no país permanece muito intensa.
A coalizão discorda de artigos do decreto e proporá as próprias emendas ao presidente, destaca um novo comunicado.
O movimento Tamarrod, que organizou as grandes manifestações que resultaram na destituição do presidente islamita Mohamed Mursi em 3 de julho, fez críticas similares, enquanto a Irmandade Muçulmana, movimento de Mursi, rejeitou o plano categoricamente.
O plano prevê, sobretudo, a aprovação de uma nova Constituição, após emendas, e a realização de eleições legislativas no início de 2014.
Durante a transição, o país permanecerá sob comando do presidente interino Adly Mansour.