Maioria são ucranianos, mas um correspondente russo foi atingido por uma granada de efeito moral
Ao menos 35 jornalistas foram feridos durante confrontos entre manifestantes e as forças de segurança no centro de Kiev desde domingo, indicou nesta terça-feira (21) uma ONG de defesa da liberdade de imprensa. A maioria dos feridos são jornalistas ucranianos, mas um correspondente do canal de televisão russo REN TV também foi atingido na perna por uma granada de efeito moral, de acordo com o Instituto dos Meios de Comunicação de Massa. Dois jornalistas da Radio Svoboda, filial local da americana Radio Free Europe/Radio Liberty, que foram detidos por várias horas no domingo, relataram terem sido espancados pela polícia, de acordo com a ONG. "Eles me jogaram no chão brutalmente, arrancaram o meu capacete em que estava escrito imprensa, me acertaram pelo menos duas vezes com cassetetes na cabeça, torceram meus braços e me arrastaram para um veículo da polícia", declarou o jornalista Dmytro Barkar em um vídeo postado no site da rádio. "Disse várias vezes a eles que não estava participando nos confrontos", afirmou o jornalista, com os olhos inchados. O cinegrafista Igor Iskhanov contou por sua vez ter sido espancado por vários policiais, um dos quais lhe deu um chute no rosto. A liberdade de imprensa na Ucrânia foi considerada por muito tempo uma das principais conquistas da Revolução Laranja em 2004. Desde a eleição do presidente Viktor Ianukovych,em 2010, a situação da liberdade de imprensa continua a deteriorar-se com ataques e intimidação contra jornalistas. Veja também Ucrânia aprova leis rigorosas contra maniferstantes Presidente declarou que não podia tolerar que as manifestações se convertam em distúrbios em massa MP classifica confrontos de 'crimes contra o Estado' "Não é apenas vandalismo, é um crime contra o Estado", declarou o procurador-geral Viktor Pchonka Tensão entre manifestantes e polícia em Kiev Centenas de manifestantes seguiam pela manhã na Praça da Independência de Kiev, local de confronto Pelo menos 200 mil voltam a protestar em Kiev São contra o presidente Viktor Yanukovich e decisão dele de privilegiar relação com a Rússia