Agressões foram durante protesto contra a Copa no último sábado (22), no centro de São Paulo
A Corregedoria da Polícia Militar instaurou nesta segunda-feira (24) um inquérito para investigar os casos de detenções e agressões a jornalistas durante o protesto contra a Copa no último sábado (22), no centro de São Paulo.Segundo a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), 14 profissionais de imprensa que faziam a cobertura da manifestação foram agredidos ou detidos por PMs. A entidade emitiu nota lamentando os episódios que ocorreram após a PM fazer um cerco num grupo de pessoas que caminhavam pela Rua Xavier de Toledo alegando ser uma estratégia para evitar atos de vandalismo pelos black blocs. "Tentar impedir o trabalho da imprensa é atentar contra o direito da sociedade à informação e, em última análise, à democracia", disse a Abraji. No domingo (23), o comandante da PM na região central da cidade, Celso Luiz Pinheiro, pediu desculpas pelas agressões a jornalistas e disse que megaoperação policial, que marcou a estreia do "pelotão ninja" especializado em artes marciais, foi "um sucesso" porque reduziu os danos ao patrimônio, o número de policiais e civis feridos (sete, segundo a corporação) e os confrontos.