O presidente do XV, Schnor, ao lado do prefeito Luciano (à dir.), fala ao público sobre a parceria com a WTG (Mateus Medeiros)
Nas 4 linhas do futebol o XV de Piracicaba tem muito pouco a comemorar no Paulistão A2. Com apenas 33% de aproveitamento e 10 pontos ganhos, o time sob o comando do técnico Cléber Gaúcho está próximo da zona de rebaixamento e as 5 próximas rodadas servirão mais para não voltar para a Série A3 do que para brigar por uma vaga no G-8, o grupo que classifica os 8 melhores times para a fase mata-mata da competição.
Ontem, porém, ocorreu um alento, fora dos gramados, quando foi anunciada uma parceria cujo objetivo é o de atrair novos investimentos junto ao capital privado. A solenidade aconteceu no anfiteatro da Prefeitura. A parceria foi assinada com a Win the Game (WTG), banker do setor de esporte e entretenimento. Em resumo, um banker é quem cuida da conta de seus clientes.
O evento contou com as presenças, além dos representantes da WTG e do clube, do prefeito Luciano Almeida, do secretário de Esportes Hermes Balbino, entre outros convidados.
A parceria confere exclusividade à WTG para assessorar o clube nos assuntos de investimentos, que é um passo importante para obter recursos via SAF (Sociedade Anônima do Futebol). A entrada na SAF foi idealizada, depois aprovada pelo Conselho Deliberativo, pelo atual presidente do clube, Luis Guilherme Schnor, ainda no ano passado.
“É chegada a hora de mais um passo a ser dado no intuito de reestruturação do clube, para que venham novas conquistas, tanto em resultados esportivos quanto no aspecto de estrutura física. Para isso é necessária a angariação de recursos com a ajuda de investidores”, disse o presidente.
Almejando parcerias estratégicas que viabilizem transações, no final do ano passado, Schnor definiu a assessoria do advogado e consultor desportivo, Felipe Lobo Faro, para a constituição da SAF. “O XV de Piracicaba SAF é o veículo ideal para receber investimentos e assim contribuir com o clube na busca de atingir suas metas", disse Faro.
“O XV possui enorme tradição e não há qualquer dúvida sobre a capacidade que o clube tem para atrair os olhares de potenciais parceiros e investidores. Estamos muito felizes em fazer parte desse novo processo e termos a oportunidade de trabalhar, juntamente com a direção do clube, para que o XV atinja novos patamares”, exaltou o CEO da WTG, Cláudio Pracownik.
Em campo
O XV é o time que mais empatou neste Paulistão A2 (7 vezes). A equipe só tem uma vitória (pior que o XV somente o Monte Azul, que ainda não venceu). O Alvinegro também sofre com sua defesa pois ao mesmo tempo que fez 12 gols até agora, levou o mesmo número e seu saldo é zero. Vitórias, gols-pró e saldo de gols são critérios fundamentais de desempate em caso de entrar no G-8 ou fugir do fantasma do rebaixamento.
Na última rodada o Alvinegro levou outro tropeço em casa e empatou com o Lemense por 1 a 1, no estádio Barão da Serra Negra, na quarta-feira. Tomou um gol relâmpago do adversário. O dilema é se foi a 1 minuto (site da FPF), 24, 27 ou 29 segundos, mas a verdade é que o time sentiu o golpe e só com muito esforço empatou na etapa final.
Há 9 jogos sem vencer, o XV pode chegar a 25 pontos no máximo, o que o deixará matematicamente com chances de se classificar para o mata-mata. Também é possível com 22 pontos acessar à segunda fase, segundo estimativas.
Do lado de baixo da tabela, porém, o time precisa ficar atento. No ano passado, caíram para a Série A3 o Audax (11 pontos) e o Red Bull Brasil (7). Este ano a soma do descenso certamente será acima da de 2022. Por isso, garantir 14 pontos talvez seja o limite para não cair. O XV, dos 5 jogos que ainda restam, 3 serão no Barão. A última vez que o XV jogou na Série A3 foi em 2010. “A situação de descenso nos preocupa mais”, revelou Cléber após o empate.
O time se reapresentou ontem para ações regenerativas e físicas. Hoje o treino técnico/tático será à tarde no Barão e, amanhã, às 15h, o XV enfrenta o Rio Claro, fora de casa.