Pedro Barros conquista prata no skate park da Olimpíada
O esporte brasileiro viveu dois momentos distintos, neta quinta-feira, nos Jogos Olímpicos de Tóquio. O de alegria foi com mais uma medalha para o skate com Pedro Barros conquistando a prata no skate park. O de tristeza foi a seleção brasileira de vôlei masculino dar adeus ao sonho do ouro olímpico. A equipe foi derrotada de virada na madrugada de ontem para os russos por 3 sets a 1 (18/25, 25/21, 26/24 e 25/23) em jogo realizado na Arena de Ariake, em Tóquio.
Mesmo com o revés a equipe disputará o bronze amanhã (7) à 1h30 (de Brasília). O adversário será a Argentina, derrotada pela França ontem por 3 sets a 0 (25/22, 25/19 e 25/22).
Desde os Jogos Olímpicos de Sidney (2000) o Brasil não ficava de fora de uma final. À época, o país foi eliminado nas quartas de final em confronto com a Argentina. Depois disso, foram quatro decisões consecutivas, tendo levado duas medalhas de ouro (Atenas 2004 e Rio 2016) e duas de prata (Pequim 2008 e Londres 2012).
"Por mais difícil que seja, temos que apagar isso. O bronze conta muito pra gente. Vamos entrar com a faca nos dentes como se fosse o ouro", disse o levantador Bruninho.
A esperança agora está depositada na seleção feminina que entra em quadra logo mais às 9h na semifinal contra a Coreia do Sul com transmissão da Globo, SporTV 2 e BandSports.
No encerramento do skate, o Brasil conquistou mais um pódio com Pedro Barros que ficou com a medalha de prata no skate park. O ouro ficou com o australiano Keegan Palmer e o bronze com Cory Juneau, dos Estados Unidos.
Na fase classificatória, os brasileiros deram um show e ficaram em três das quatro primeiras posições. Luizinho Francisco teve a melhor exibição e pontuou 84,31, passando na liderança para a final. Na sequência vieram o australiano Kieran Woolley (82,69) e os brasileiros Pedro Quintas (79,02) e Pedro Barros (77,14). Heimana Reynolds, dos Estados Unidos, era considerado um dos favoritos e ficou fora.
Pedro foi a terceira medalha de prata do skate nacional em Tóquio, junto com Rayssa Leal e Kelvin Hoefler, no street. "Essa medalha é simplesmente um detalhe, um suvenir. O Olimpo é a harmonia, o amor que tenho pela minha família. A gente precisa se dedicar e tive vivências maravilhosas na vida. É isso que fica, isso que conta", declarou o medalhista.
Futebol
Os jogadores da seleção brasileira de futebol masculino levaram um susto na madrugada da quarta-feira. Por volta das 5h40 (horário local), 17h40 de terça no Brasil, a cidade de Narita, local em que a delegação esteve hospedada para a grande final, foi atingida por tremores. Segundo sites especializados, foram registrados terremotos de 4,7 e 6 graus na costa de Ibaraki.
Alguns jogadores e membros da comissão técnica relataram que sentiram o hotel tremer. No entanto, não foram todos que perceberam o terremoto e alguns afirmam que não sentiram nada.
A seleção já seguiu em direção a Yokohama, local da final contra a Espanha. O jogo acontecerá amanhã, às 8h30 (de Brasília), e o time brasileiro tenta o bicampeonato olímpico.
Boxe
Os lutadores brasileiros Beatriz Ferreira e Hebert Conceição estão na briga por medalhas. Ela garantiu pelo menos a prata na categoria dos pesos leves (até 60 kg) ao vencer, ontem, a finlandesa Mira Potkonen, na semifinal do boxe, por 5 a 0, em decisão unânime dos jurados (30 a 27 - três vezes - 29 a 28 e 30 a 26). Beatriz volta ao ringue no domingo para a disputa da final, quando terá pela frente a irlandesa Kellie Harrington, que eliminou a tailandesa Sudaporn Seesondee, por 3 a 2.
Hebert também garantiu pelo menos a prata nos pesos médios (até 75 kg) ao vencer, ontem, o russo Gleb Bakshi, na semifinal, por 4 a 1, em decisão dividida dos jurados (30 a 27 duas vezes, 29 a 28 duas vezes; e uma para o russo 29 a 28). Ele volta ao ringue amanhã para a disputa da final, quando terá pela frente o ucraniano Oleksabdr Khyzhniak, que eliminou o filipino Eumir Marcial por 3 a 2.
Atletismo
O brasileiro Darlan Romani terminou a final do arremesso do peso na madrugada de ontem (Brasília) na quarta posição. Ele melhorou em uma posição a sua classificação em relação à Rio-2016, mas ficou de fora do pódio ao obter a marca de 21,88 metros. Os Estados Unidos fizeram dobradinha. Ryan Crouser foi ouro, com direito a quebra do recorde olímpico (23,30 metros) Joe Kovacs ficou com a prata ao arremessar 22,65m. Já Tom Walsh, da Nova Zelândia, completou o pódio com 22,47m.
Medalhistas brasileiros
Até ontem os medalhistas brasileiros foram os seguintes: Rebeca Andrade, medalhas de ouro e prata na ginástica artística; Ítalo Ferreira, medalha de ouro no surfe; Martine Grael e Kahena Kunze, medalha de ouro na classe 49er FX da vela; Ana Marcela Cunha, medalha de ouro na maratona aquática; Abner Teixeira, medalha de bronze no boxe; Alison dos Santos, o “Piu”, medalha de bronze nos 400 metros com barreiras; Laura Pigossi e Luisa Stefani, bronze no tênis feminino de duplas; Rayssa Leal e Kelvin Hoefler, prata no skate street; Pedro Barros, prata no skate park; Thiago Braz, medalha de bronze no salto com vara; Fernando Scheffer e Bruno Fratus, bronze na natação; Mayra Aguiar e Daniel Cargnin, bronze no judô. Os Jogos terminam no domingo (horário de Brasília).
Cada medalha individual é um prêmio em dinheiro: ouro (R$ 250 mil); prata (R$ 150 mil) e bronze (R$ 100 mil). Por equipe: R$ 500, R$ 300 e R$ 200 mil, respectivamente; esportes coletivos: R$ 750, R$ R$ 450 e R$ 300 mil, respectivamente.
Oficialmente são 16 medalhas para o Brasil (4 ouros, 4 pratas e 8 bronzes). O país é o 16<SC210,186> na classificação. A líder até ontem era a China com 74 pódios - 34, 24, 16, respectivamente; EUA eram os segundos (29, 35, 27) e Japão o terceiro (22, 10, 14).
Entre as disputas desta sexta-feira, às 9h tem o vôlei feminino com Brasil x Coreia do Sul; às 18h45 é a vez do atletismo (maratona) com SporTV 3 e BandSports; 21h30 canoagem (SporTV). (Da Redação com AE e ABr)