Leandrinho se valorizou e a Ponte defende seu direito sobre a promessa (Cedoc/RAC)
Depois de quase 100 dias, a Ponte Preta espera dar o primeiro passo para resolver o imbróglio com o atacante Leandrinho, que não aparece no clube desde dezembro do ano passado. De acordo com o advogado João Chiminazzo, contratado pelo clube para tratar especificamente do caso, representantes do atleta pediram uma reunião para tentar um acordo. O encontro está marcado para a manhã de sexta-feira (11). Os pais do jogador receberam uma notificação da Justiça e estão cientes da ação que pede o retorno imediato de Leandrinho ao clube. “A Ponte tem sua intenção bastante clara. Não quer se livrar do atleta de 17 anos. Pelo contrário. Por ser formadora, quer o direito de assinar o primeiro contrato dele como atleta profissional”, disse Chiminazzo, em entrevista à Rádio CBN. Ainda de acordo com o advogado, a Ponte fez contrato de amador com Leandrinho por se tratar de um menor de idade, conforme determina a Lei Pelé. “O certo é que até outubro, quando atingir a maioridade, ele não pode se transferir para nenhum clube do Exterior”, garante. “Para o Brasil, até poderia. Só que, neste caso, o contratante correria o risco de também ser responsabilizado pelo pagamento da multa”, completa. A Ponte ainda não definiu o valor que pedirá na Justiça, mas seu advogado acredita que ficará em torno de R$ 15 milhões. Bem mais do que foi oferecido no acordo inicial, quando Leandrinho foi trazido para o Majestoso por um grupo de empresários espanhóis. Na oportunidade, ficou combinado que o clube teria direito a cerca de R$ 900 mil em uma troca de clube apenas por atuar como “barriga de aluguel”. Leandrinho acabou se valorizando bastante depois das sucessivas convocações para as seleções de base do Brasil. Hoje, ele é tratado na Europa como “Novo Neymar” e está entre os principais jovens candidatos a craque no planeta. Gigantes como Real Madrid, Manchester City, Hamburgo, Roma, entre outros já demonstraram interesse na “joia do Majestoso”. “A Ponte tem toda documentação que confirma ser formadora”, assegura Chiminazzo.