Ponte Preta começou bem, não aproveitou oportunidades e caiu de produção no segundo tempo (Álvaro Jr./PontePress)
Em atuação sem brilho, a Ponte Preta foi derrotada pelo Cruzeiro por 1 a 0, ontem à noite, no Estádio Moisés Lucarelli, e segue sem vencer na Série B do Campeonato Brasileiro. O gol do triunfo da Raposa, agora fora da zona de rebaixamento, foi marcado pelo atacante Bruno José, aos 11 minutos do segundo tempo.
Com revés, o terceiro em quatro jogos disputados na segunda divisão nacional, a macaca despenca para lanterna com apenas um ponto, enquanto time celeste salta a quatro e ganha distância da degola, provisoriamente em 14º lugar.
O jogo
Com formação de três zagueiros, em estratégia inédita nesta temporada, a Ponte Preta conseguiu ditar o ritmo de jogo nos dez primeiros minutos. Com domínio de posse de bola e força ofensiva pelo lado direito, a macaca chegou em duas oportunidades, em lances com participação de Camilo e João Veras, porém sem levar perigo efetivo.
O plano de marcação pressão e linhas altas alvinegras fez com que o sistema defensivo celeste, com dificuldade de sair pelo chão, fizesse uso das ligações diretas, o que proporcionou recuperação rápida da pelota.
Beneficiada com os dois alas na linha do meio-campo para frente, o time campineiro agrediu o Cruzeiro em arremates de Moisés e Vini Locatelli, defendidos por Fábio. A agremiação mineira, por sua vez, com baixo poder de criação, tentou tirar o zero do placar em arremates de longa distância, porém sem êxito com Matheus Pereira e Marcinho, em duas oportunidades - na segunda, Ygor Vinhas praticou grande defesa com a mão direita, no principal lance antes do descanso.
Nos dez últimos minutos da etapa inicial, alavancado pela produtividade de Marcinho, o Cruzeiro esboçou pressão, mas sem ir à rede.
No geral, campineiros realizaram atuação segura sob ponto de vista defensivo, com os beques Ednei, Cleylton e Ruan Renato em campo, e também com pouca qualidade para criar.
Ofensivamente, porém, faltou poder para distribuir jogadas e ultrapassagens dos dois laterais, escalados adiantados no esquema 3-5-2.
Embora o confronto tenha registrado pouca emoção e qualidade técnica, na etapa complementar o Cruzeiro tirou o primeiro zero do placar com Bruno José, aos 11 minutos. O atacante recebeu lançamento, fez o pivô, levou dois zagueiros na velocidade e finalizou cruzado e rasteiro para vencer Ygor Vinhas e correr para o abraço.
Apesar da desvantagem mínima no placar, Kleina realizou mudanças simples - atacante por atacante - e não abriu mão do esquema com três defensores e dois laterais em campo.
Superior e mais organizado, o clube de Belo Horizonte conseguiu segurar as pouquíssimas investidas pontepretanas sem muito esforço. A Ponte só alterou o esquema tático a partir dos 35 minutos e, mais na base do abafa, tentou ensaiar uma pressão com as entradas de Rodrigão, Renatinho e Richard. Pelo alto, o próprio Rodrigão e Dawhan testaram de cabeça, mas sem êxito até o apito final.