Ana Marcela ganhou ouro na maratona aquática (JONNE RORIZ/COB)
As atletas olímpicas do Brasil já conquistaram oito medalhas nos Jogos de Tóquio, o que representa o melhor desempenho do país na história. A mais recente conquista ocorreu com Ana Marcela Cunha que conquistou a medalha de ouro na prova dos 10 km da maratona aquática. Ela venceu a prova na terça-feira (3) na Marina de Odaiba com o tempo de 1h59min30s8.
Ela completou a distância de 10 km pouco a frente da holandesa Sharon van Rouwendall (1h59min31s7). O bronze foi para a australiana Kareena Lee, com 1h59min32s5.
"Finalmente eu consegui! Por mais nova que eu fui em 2008, esse é meu quarto ciclo olímpico. Vindo de uma frustração muito grande com uma não classificação, uma frustração no Rio. Acreditem nos seus sonhos", disse a nadadora, feliz da vida com o ouro. "Sonhava muito com uma medalha olímpica, representa muito ser campeã aqui", declarou Ana.
Nunca antes as atletas subiram em tantos pódios numa mesma edição. Das quatro medalhas de ouro do país até agora em Tóquio, três foram conquistadas por mulheres: além de Ana Marcela, a ginasta Rebeca Andrade e as bicampeãs olímpicas da vela Martine Grael e Kahena Kunze também subiram ao lugar mais alto do pódio.
Rayssa Leal (do skate street) abriu o caminho e puxou a filha, uma garoto de apenas 13 anos dando o seu recado em manobras de encher os olhos.
Rebeca Andrade (duas conquistas na ginástica), Mayra Aguiar (judô), Bia Ferreira (boxe), Ana Marcela Cunha (maratona aquática), Martine Grael/Kahena Kunze (vela) e a dupla de tênis Luisa Stefani e Laura Pigossi seguiram os passos da pequena Rayssa e também festejaram em Tóquio. A boxeadora Bia Ferreira é a única que não sabe a cor de sua medalha ainda porque ela vai disputar a semifinal, mas já tem o bronze garantido.
Piracicabana
O quadro de medalhas com a participação feminina pode aumentar pois o conjunto de ginástica rítmica (GR) brasileira estreia nas Olimpíadas nesta quinta-feira (5), às 22h20 de Brasília, no Centro de Ginástica Ariake, em Tóquio. A seleção conta com a participação da piracicabana Nicole Pircio. O grupo nacional reúne ainda Beatriz Linhares, Deborah Medrado, Maria Eduarda Arakaki e Geovanna Silva.
Uma medalha inédita é a grande esperança da equipe de ginástica rítmica. As disputas olímpicas de conjuntos só foram introduzidas na programação dos Jogos de Atlanta, em 1996. O Brasil conseguiu marcar presença na edição seguinte, Sydney-2000, e, de cara, alcançou a condição de finalista. Quatro anos depois, em Atenas, repetiu a façanha.
“Estar nos Jogos Olímpicos significa muito, sobretudo neste momento, em que há uma disputa acirrada no continente. Graças a essa conquista podemos oferecer a visibilidade que nosso esporte merece. Temos muito potencial e a GR do Brasil voltou ao patamar do qual nunca deveria ter saído. Podemos sim afirmar que a GR do Brasil faz parte da elite mundial. É respeitada e admirada pelo seu trabalho e estilo próprio”, afirmou a treinadora Camila Ferezin.
China, Itália, Alemanha, Rússia e Bulgária estão entre as melhores da modalidade no mundo.
Vôlei
Invicta, a seleção de vôlei feminino venceu ontem (4) o Comitê Olímpico Russo (ROC, na sigla em inglês) por 3 sets a 1 e avançou às semifinais. A partida teve parciais de 23/25, 25/21, 25/19 e 25/22. O confronto aconteceu na Arena de Ariake, na capital Tóquio.
Na próxima fase, as brasileiras vão duelar com a Coreia do Sul, que foi derrotada para o Brasil na fase de grupos por 3 a 0. O confronto será realizado amanhã (horário de Brasília), ainda sem horário definido. A seleção masculina também teve pela frente hoje (5) os russos. O duelo estava previsto para começar à 1h (madrugada de Brasília), pela semifinal.
Já o vôlei de praia decepcionou. Pela primeira vez na história o Brasil vai sair de uma Olimpíada sem medalha nessa modalidade. No esporte no qual o Brasil está acostumado a subir no pódio, entre todos os semifinalistas dos Jogos não tem nenhum jogador nacional.
Atletismo
Apenas três brasileiros estiveram na disputa do atletismo na noite da terça-feira (fim da manhã de quarta em Tóquio). Nas semifinais dos 110 metros com barreiras, Gustavo Constantino e Rafael Pereira tiveram problemas nas corridas e acabaram não se classificando às finais, apesar de já brilharem ao avançarem entre os 24 melhores. No decatlo, Felipe dos Santos fechou as três primeiras das dez disputas com 2.592 pontos, na nona colocação.
Pela manhã (a partir das 6h30 de Brasília), Felipe dos Santos volta às provas para disputar o salto em altura e os 400 metros, completando metade das provas. A terceira parte ocorre à noite no Brasil (manhã de quinta-feira em Tóquio).
A final dos 400 metros com barreira foi uma das mais sensacionais provas do dia, com impressionante ultrapassagem no final e recorde mundial na dobradinha americana Dalilah Muhammad dominava completamente a prova quando Sidney McLaughlin, numa reta final muito forte, acelerou para cruzar com 51s46. A marca de Muhammad, com 51s58, também seria recorde mundial. A virada veio nos 40 metros finais em arrancada fantástica, saindo de terceiro para o topo do pódio.
Skate
As atletas do Brasil até que chegaram à final do skate park ontem, mas não conseguiram um lugar no pódio. Dora Varella acabou na sétima posição, enquanto Yndiara Asp foi a oitava e última colocada na disputa por medalhas. Já Isadora Pacheco ficou fora da final.
A prova foi dominada pelas japonesas. A medalha de ouro foi para Sakura Yosuzumi. A compatriota Kokona Hiraki, de apenas 12 anos, ficou com a prata. A britânica Sky Brown fechou o pódio com o bronze.
Basquete
A seleção feminina de basquete dos Estados Unidos atropelou a Austrália, um de seus rivais históricos na modalidade, e segue com tranquilidade a sua jornada rumo ao sétimo ouro olímpico consecutivo. As americanas venceram o duelo ontem por 79 a 55 e chegaram à impressionante marca de 52 jogos de invencibilidade em Jogos Olímpicos e avançaram às semifinais da Olimpíada de Tóquio.
Nas semifinais, as americanas encaram a Sérvia, que, mais cedo, eliminou a China por 77 x 70. O duelo será amanhã, à 1h40 (de Brasília), em Saitama.
Programação
Na canoagem o Brasil ainda tem chances de medalhas na categoria individual com Isaquias Queiroz. Às 21h44 (Brasília) acontece a eliminatória C1 1000m ao vivo pela SporTV 2.
A programação ainda tem outros destaques: 5h- Futebol Feminino na disputa do 3<SC210,186> lugar (Austrália x EUA) SporTV 2 (ao vivo); 5h- Caratê Finais SporTV 4 (ao vivo); 7h Atletismo - Eliminatórias decatlo (Felipe dos Santos) e finais salto com vara feminino e 400 m rasos masculino SporTV (ao vivo); 7h Luta Olímpica Finais SporTV 3 (ao vivo); 8h basquete masculino - Semifinal SporTV 4 (ao vivo); 9h- Vôlei Masculino- Semifinal (França x Argentina) SporTV 2 (ao vivo); 22h20 Ginástica Rítmica - Eliminatória individual geral SporTV 3 (ao vivo); 23h- Futebol Feminino- Final (Suécia x Canadá) SporTV 3 (ao vivo).
Medalhas
A partir de hoje faltam três dias para acabar as Olimpíadas e o Brasil está bem perto de superar os Jogos do Rio quando obteve 19 pódios (7 de ouro, 6 de prata e 6 de bronze e ocupando a 12ª posição na geral ao lado da Holanda). Até ontem o país somava 15 conquistas sendo 4 medalhas de ouro, 3 de prata e 8 de bronze. A liderança continuava a cargo da China com 70 no total: 32 de ouro, 22 de prata, 16 de bronze; EUA em segundo com 25,31,23, respectivamente e em terceiro Japão com 21 de ouro, 7 de prata e 12 de bronze (40).