Ginasta piracicabano Diogo Soares conquistou a 20ª colocação na final da ginástica artística (Divulgação)
O Brasil encerrou a competição em Tóquio com 21 pódios, um recorde, com sete medalhas de ouro, seis de prata e oito de bronze. No final ficou com a 12ª colocação, ficou entre os 20 melhores, à frente de Nova Zelândia, Cuba, Hungria, Coreia do Sul e Espanha.
A França será a próxima sede dos Jogos Olímpicos - Paris 2024. Ainda em Tóquio, as Paralimpíadas começam no dia 24 de agosto e vão até o dia 5 de setembro.
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) comemorou a melhor campanha do país na história dos Jogos Olímpicos já que na Rio-2016 o Time Brasil havia conquistado sete medalhas de ouro, seis prata e seis bronze, 19 no total e 13º lugar.
Em Tóquio, o país conquistou ouro com o surfista Italo Ferreira - 1º campeão olímpico da modalidade -; a ginasta Rebeca Andrade, no salto; a dupla Martine Grael e Kahena Kunze - bicampeãs olímpicas na classe 49er FX-; Ana Marcela Cunha, na maratona aquática; Isaquias Queiroz, na canoagem; Hebert Conceição, no boxe, além do futebol masculino.
Os investimentos no ciclo olímpico, que foi de 2017 até 2021, reúne a participação em diversos eventos internacionais e a Missão Tóquio neste ano custou R$ 46,5 milhões. Já o custo da Missão Europa foi de R$ 14,3 milhões em 2020 e 2021 (das 13 modalidades que subiram ao pódio, nove passaram pela Missão Europa), e R$ 470 milhões foram repassados às confederações nos últimos quatro anos. E ainda teve apoio às confederações na pandemia de R$ 7 milhões, entre outras coisas.
Um outro feito do Time Brasil nos Jogos foi conseguir ter um desempenho superior à edição anterior, quando recebeu a Olimpíada em casa, no Rio, em 2016. Isso é algo bem raro de ocorrer na história. "Conseguimos o maior número de medalhas no total, subimos para o 12º lugar, conseguimos realizar o feito que só a Grã Bretanha tinha realizado antes, que era superar a marca de quando fomos sede. Estamos satisfeitos com o resultado", disse Paulo Wanderley, presidente do COB.
Vôlei e boxe
As duas últimas modalidades a disputar medalhas em Tóquio foram o vôlei e o boxe. De equipe desacreditada por muitos a vice-campeã olímpica, a seleção brasileira feminina de vôlei ficou com a prata, no domingo, ao perder para os Estados Unidos na decisão na Ariake Arena por 3 sets a 0 (25/21, 25/20 e 25/14).
Também ficou com a prata a boxeadora Beatriz Ferreira ao perder, domingo, a final da categoria dos pesos leves (até 60 kg) para a irlandesa Kellie Harrington, em decisão unânime dos cinco jurados: 29 a 28 para três deles e 30 a 27 para dois.
Em suma, para o Brasil as mulheres foram determinantes. Das 21 conquistas nacionais, nove vieram de disputas femininas, quase o dobro da Rio-2016 quando obtiveram cinco conquistas.
Nossos medalhistas
Medalhistas do Brasil: Kelvin Hoefler (prata) e Rayssa Leal (prata) no skate street, Pedro Barros (prata) no skate park; Ítalo Ferreira (ouro) no surfe; Rebeca Andrade (prata e ouro) na ginástica artística; Daniel Cargnin (bronze) no judô; Fernando Scheffer (bronze) e Bruno Fratus (bronze) na natação; Mayra Aguiar (bronze) no judô; Laura Pigossi e Luisa Stefani (bronze) na dupla de tênis; Martine Grael e Kahena Kunze (ouro) na Vela 49er FX; Alison dos Santos (bronze), Thiago Braz (bronze) no atletismo; Ana Marcela Cunha (ouro) na maratona aquática, 10km; Abner Teixeira (bronze), Hebert Conceição (ouro), Beatriz Ferreira (prata) no boxe; Isaquias Queiroz (ouro) na canoagem velocidade C1; seleção brasileira (ouro) no futebol masculino e seleção brasileira (prata) no vôlei feminino.
Quadro de medalhas
Os Estados Unidos foram os vencedores, apertados, das Olimpíadas de Tóquio superando a China, enquanto Brasil e Cuba se destacaram entre os países da América Latina.
O Top-10 conta com os norte-americanos que somaram 113 medalhas sendo 39 de ouro, 41 de prata e 33 de bronze; China 38 ouro, 32 prata, 18 bronze (88); Japão com 27, 14, 17, respectivamente e total de 58; Grã Bretanha 22 ouro, 21 prata, 22 bronze (65); em 5º a Rússia (20,28,23 e total de 71); 6° a Austrália com 46 no total com 17, 7, 22, respectivamente; 7º os Países Baixos com 10 de ouro, 12 de prata e 14 de bronze (36); 8º a França com 10, 12, 11 (33); 9º a Alemanha com 10, 11, 16 (37); 10º a Itália com 10 de ouro, 10 de prata e 20 de bronze (40).
O Brasil não entrou no Top-10 mas foi o melhor da América Latina com 21 pódios no total em 12º com sete de ouro, seis de prata e oito de bronze. Cuba ficou em 14º (7,3,5 - 15); Equador 38º (2, 1, 0). (Com AE e ABr)