Dirk Loncke recebeu os convidados com um largo sorriso
Adversários em campo, em jogo válido pelas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia 2018, Brasil e Bélgica mantém, no campo diplomático, um histórica relação de amizade e cooperação. Prova disso é o clima de descontração que tomou conta da Embaixada do país europeu em Brasília, que abriu suas portas para receber cerca de 60 pessoas, entre integrantes da comunidade belga que vive na cidade, mas também diplomatas de outros países, autoridades brasileiras, familiares e amigos. Otimista, o embaixador Dirk Loncke recebeu os convidados com um largo sorriso e um palpite certeiro: os diabos vermelhos vencem a seleção brasileira por 2 a 1, gols do atacante Lukaku, artilheiro do time, e o meia Hazard. Cerveja e batata belga garantem o clima descontraído na área externa da Embaixada, onde foi instalada uma tenda e um telão. Bandeiras belgas e brasileiras compõem o ambiente. "Espero que a defesa do Brasil seja menos forte que o ataque da Bélgica hoje", projeta o embaixador, ao fazer referência a um dos times que mais marcou gols nesse mundial contra a defesa menos vazada, a brasileira, que só tomou um gol até agora, no jogo do estreia contra a Suíça. "Somos adversários, mas não somos inimigos. Estamos aqui para confraternizar", afirma o secretário nacional de Justiça, Luiz Pontel, um dos convidados da embaixada para ver o jogo. Apesar disso, Pontel não se faz de rogado e aposta em um 3x1 para o Brasil. A comunidade belga no Brasil soma atualmente cerca de quatro mil pessoas, segundo o embaixador. As relações entre os dois países são sólidas. Em 1922, o Rei Albert I foi o primeiro soberano do mundo a visitar o Brasil após a a proclamação da República.