Demitido do cargo de auxiliar técnico do Santos, Elano exibiu a sua insatisfação com a nova diretoria, recém-eleita e presidida por José Carlos Peres. O ex-jogador atacou a postura adotada pelos dirigentes, detalhando como foi a condução da sua saída e explicando que sempre esteve à disposição do clube para seguir com o seu trabalho ou definir o seu futuro de modo diferente. "Quando eu saí de férias, assim que houve as eleições, mandei uma mensagem para o presidente Peres me colocando à disposição para que pudesse ajudar. Eles me retornaram no dia 3, de manhã, para que pudesse me apresentar para me demitirem. Estou em paz, não tenho mágoa, rancor, não estou aqui para torcer contra o Santos. Esse é o futebol brasileiro, falta de planejamento, é uma desorganização total, até mesmo para demitir", disse Elano, em entrevista ao SporTV. Elano terminou a temporada 2017 como técnico do Santos, ocupando a vaga que era de Levir Culpi, pois a diretoria optou por não contratar um substituto para sucedê-lo. Para a sua saída, teria pesado a chegada do treinador Jair Ventura, acompanhado do auxiliar técnico Emílio Faro. O ex-jogador santista, porém, avaliou que o novo comandante do clube não possui responsabilidade pela sua saída, concentrando as suas críticas nos dirigentes. "Faltou um pouco de ética e educação. Mas quero isentar o Jair de qualquer problema, ele não tem nada a ver com isso. Isso é tudo responsabilidade da diretoria. Neste momento estou à disposição para fazer meus estudos e voltar a ser um auxiliar", afirmou, rejeitando a intenção de assumir o comando de algum time nesse momento. Elano possui grande identificação com o Santos, time pelo qual teve três passagens como jogador, de 2001 a 2005, entre 2011 e 2012 e de 2015 a 2016. No total, foram 322 partidas disputadas, com 68 gols marcados, com a conquista de diversos títulos, como as edições de 2002 e 2004 do Campeonato Brasileiro e da Copa Libertadores de 2011. Auxiliar-técnico, Elano dirigiu o Santos em nove jogos, incluindo sete compromissos da reta final do Brasileirão de 2017, após a queda de Levir Culpi. Agora, a sua quarta passagem pela Vila Belmiro está encerrada e de modo conflituoso com os dirigentes.