Após o desfile, os Bleus foram recebidos pelo presidente Macron
A seleção francesa de futebol desfilou na avenida Champs Élisées em Paris, em um verdadeiro carnaval fora de época com a participação de milhares de torcedores, que festejavam o título da Copa do Mundo da Rússia-2018. Enquanto o ônibus descoberto passava lentamente em direção ao Palais de l' Élysée, a esquadrilha acrobática da força aérea sobrevoou a emblemática avenida da Capital formando a bandeira francesa com fumaças coloridas. O avião que trouxe os campeões após vitória por 4 a 2 sobre a Croácia, no domingo, chegou ao aeroporto de Roissy pouco antes das 17 horas do horário local, meio-dia pelo horário de Brasília. Ali, os carros de bombeiros do aeroporto formaram um arco de água sob o qual passou lentamente o avião. O capitão Hugo Lloris, com o troféu na mão, e o técnico Didider Deschamps foram os primeiros a sair da aeronave. Foram recebidos pela ministra dos Esportes, Laura Flessel, enquanto o pessoal do aeroporto cantava "Merci les Bleus" (Obrigado, Bleus). Em um ônibus decorado com duas estrelas e a menção "Campeão do mundo", a comissão se dirigiu para Champs Élysées para cruzarem a avenida no ônibus descoberto, repetindo a imagem de 13 de julho de 1998 no primeiro título mundial. Após o desfile, os Bleus foram recebidos pelo presidente Emmanuel Macron e depois irão para o Hotel Crillon, na praça da Concordia, para continuar a festa. Macron e sua esposa Brigitte, presentes no estádio Luzhniki, já puderam felicitar os jogadores no vestiário e voltaram a se encontrar com os campeões. O presidente pediu para os atletas "não mudarem" porque "esta equipe é maravilhosa porque é unida". Mais cedo, a presidência anunciou que os jogadores serão condecorados com a Legião de Honra por serviços prestados ao país, em uma data ainda não estipulada, assim como os integrantes da seleção que venceu em 1998. Deschamps histórico Após ser capitão no título de 1998, a vitória da França colocou Deschamps no grupo seleto de jogadores que também foram campeões como treinador, ao lado do alemão Franz Beckenbauer e do brasileiro Mario Zagallo. Aos 19 anos de idade, Kylian Mbappé anotou o quarto gol francês e foi eleito o melhor jogador jovem do torneio, abrindo caminho para se tornar uma super estrela. Os torcedores franceses festejaram a vitória varando a madrugada, tocando a buzina dos carros e tremulando bandeiras tricolores, enquanto a Torre Eiffel se iluminava de azul, branco e vermelho. Deschamps, que recebeu uma chuva de champanhe durante a coletiva de imprensa após o título, garantiu que a vitória foi "tão charmosa" quanto a do mundial de 1998. "Existem duas coisas importantes. Uma é que esses 23 jogadores estão agora ligados pelo resto da vida, independentemente do que acontecer, e também que a partir de agora não voltarão a ser os mesmos porque são campeões do mundo", declarou o treinador. "Ser campeão do mundo, como jogador profissional, não existe nada melhor", acrescentou. Com este resultado, a equipe que mescla juventude e experiência em grandes torneios demonstrou que superou a derrota na final da Eurocopa de 2016, em Paris. "Fizemos algo incrível, entramos para a história", disse Antoine Griezmann, autor do segundo gol francês na final. "Agora é preciso aproveitar, estar com a família e festejar. Amanhã na França será igual, vamos festejar com todos os franceses", acrescentou o jogador do Atlético de Madrid. Para a Croácia, país de apenas quatro milhões de habitantes, a derrota foi amarga, mas seus torcedores comemoraram o melhor resultado da história da Copa do Mundo, após campanha que teve vitória esmagadora contra a Argentina e que eliminou a Inglaterra nas semifinais. Em Zagreb, aproximadamente 100 mil pessoas foram acompanhar a chegada dos jogadores ao país, segundo a imprensa local. O meia croata do Real Madrid, Luka Modric, foi eleito o melhor jogador do torneio.